sábado, 23 de maio de 2009

Urlaub! (Alemanha e Suíça)

Finalmente as minhas tão esperadas férias na primavera chegaram!

Não que eu estivesse cansada de tanto trabalho, mas estava mesmo é ansiosa pra conhecer a Itália :)

Tudo começou na segunda-feira, dia 11.05. Deixamos a Madeleine na escola (a Sophie tinha ido com o Tassilo no médico, mas isso é história prum outro post) e fomos dar uma volta na cidade velha de Gelnhausen. Apesar das minhas aulas de alemão acontecerem em Gelnhausen, fui poucas vezes lá no Obermakt e sempre que volto me surpreendo com a graça do lugar! Essa cidade tem uma certa importância já que, desde 2007, é o centro geográfico da União Européia.
Mas como o nosso objetivo não era ficar por aqui, logo seguimos viagem. Até nos entendermos com a Autobahn, nos perdemos, nos achamos e conseguimos chegar em Freiburg, onde havíamos planejado de almoçar. Pra começar bem a viagem e mergulhar na cultura local, pedimos um prato típico do Schwarzwald - Käsespäztle! Claro que acompanhado por uma Weißbier e de sobremesa uma Schwarzwäldertorte. Depois de dar uma volta pela cidade seguimos rumo ao Bodensee. Passamos pelo Schwarzwald e vimos todas aquelas casinhas bonitinhas de lá XD.
No final da tarde daquele dia chegamos ao Bodensee.. Lindo! O nome em português é "Lago de Constança" e ele é atravessado pelo rio Reno e situado na fronteira da Alemanha com a Áustria e a Suíça. Segundo o Wikipédia (hehehe...) não existe um acordo legal sobre onde passam as fronteiras desses trÊs países no lago. Enquanto que a Suíça mantém a idéia de que a fronteira passa no meio do lago, a Áustria considera que o lago está sujeito ao condomínio de todos os três Estados das suas margens. A Alemanha também mantém uma opinião ambígua. Questões legais relacionadas com a circulação de barcos e pesca são regidas em tratados separados.

Nós queríamos chegar ao centro de Konstanz (Alemanha) mas, pra variar, acabamos errando as placas e fomos parar na Suíça! Quero dizer, na fronteira né (não é o Bodensee que faz a divisa naquela parte da Suíça, é fronteira seca mesmo), porque levou algum tempo até que os policias nos deixarem entrar no país depois que o pai se "embananou" no Alemão. Aí averiguaram os nosso documentos e fuçaram nas malas mas não acharam nada comprometedor (Ufa!.. hauhauah). Entramos em Kreuzligen pra fazer a volta e entrar na Alemanha novamente. :S Pensamos em dormir em Konstanz mas quando estávamos a procura de um hotel passamos por Reichenau, uma ilha no Bodensse unida à terra firme por uma passagem de 400m. Na veradade era um Dorf muito do acolhedor por onde fizemos um passeio gostoso. Lá existe um mosteiro beneditino fundado em 724 (isso mesmo, não é 1724 não!) que, em 2000, foi considerado Patrimônio Mundial da Humanidade. Foi de lá que escutamos uma sirene muuuito alta por volta das 20:00 que eu deduzi ser o toque de recolher dos monges, mas essa é uma informação incerta, hehehe.
Dia 12.05.09.
Esse foi o nosso dia suíço da viagem!
A Suíça, oficialmente Confederação Suíça, é um Estado Confederado localizado no centro da Europa. Possui uma área de 41 285 km², dos quais 1 740 são cobertos por lagos e rios e 8 787 por áreas improdutivas como montanhas. Como todos sabem a Suíça é uma das economias mais ricas do mundo e é sede de inúmeros bancos privados e de organizações internacionais como a Cruz Vermelha, a Organização Mundial do Comércio. No entanto, não é membro integral da União Europeia (isso mesmo gente, não tem Euro lá não...). A sua história é marcada pela sua neutralidade política perante as outras nações - desde 1815 que não entrou em nenhuma guerra - e representa um marco de liberdade e de democracia para o mundo inteiro. Essa é uma nação de quatro líguas. O alemão, o francês, o italiano e o romanche (dialeto reto-românico de alguns vales do cantão de Graubünden) são falados em diferentes partes do país, embora o alemão seja o idioma da maioria. Com quase um quarto de seu território ocupado pelos Alpes, lagos e rochas áridas, sem acesso ao mar e com poucos recursos naturais, a não ser os hídricos, o país de orgulha de manter um espírito de união e independência.
Saímos cedo de Reichenau e dessa vez resolvemos usar outra fronteira, aparentemente maior que a do dia anterior. Passamos tranquilamente e seguimos viagem. A primeira parada do dia foi em Zurique onde pudemos apreciar a água cristalina do rio Limmat que corta a cidade. Haviam muitos engravatados falando diversas línguas por lá. Apesar de ser uma cidade rica, não significa que as pessoas também sejam, ou pelo menos não estão afim de gastar os seus valiosos Francos suíços, hehehe. Bom, quem sabe eles também tem um pouco do jeito alemão de ser. Muitos desses engravatados pedalavam suas bicletas (e mulheres usando salta também!) em meio aos bondes e "almoçavam" seu sanduíche e respirando um ar puro no calçadão na beira do rio.

Zurique é o centro financeiro da Suíça e uma das bolsas de valores mais importantes da Europa. Em Zurique têm sede numerosos bancos, tais como o UBS e o Credit Suisse, seguradoras e empresas de alta tecnologia. Atualmente, cerca de um quarto das atividades da cidade são ligadas ao setor finaceiro.
A idéia era ir de Zurique até Berna mas mudamos os planos e fomos pra Luzern. A cidade fica "nos pés" dos Alpes e também é cortada por um rio cristalino (Rio Reuss) que desagua no lago de Lucerna. A Kapellbrücke é o mais famoso símbolo da cidade. É uma ponte coberta de madeira que cruza o rio na extremidade do lago e foi construída em 1333. Grande arte da ponte, inclusive suas pinturas decorativas teve que ser restaurada depois de um incêndio ocorrido em 1993.

Masss como o objetivo era chegar ainda naquele na Itália seguimos viagem. Passamos por Montreux e Vevey (Lago de Genebra), onde se encontra a Sede Mundial da Nestlé (nham nhaaaaaammmm!!!). Quanto mais avançávamos a estada ficava mais estreita e íngrime, e nesse ponto, aqueles restos de neve em cima das montanhas já estavam do nosso lado. Quando a temperatura chegou aos 9ºC aconteceu uma coisa estranha. Estávamos tão empolgados com a paisagem do lugar que nem demos importância pra uma placa que informava sobre um túnel que estaríamos por entrar. Era o Grand St. Bernard! Este túnel foi aberto ao tráfego em 19 de Março de 1964, tendo sido em construção desde 1958. Ele liga Martigny, na Suíça, com o Vale de Aosta no norte da Itália. O curioso é que entramos no túnel sem saber do que se tratava e muito menos de qual grande ele era. Pois então, ele tem exatos 5798 metros de comprimento e foi contruído pra servir de caminho opcional no inverno, quando a estrada é fechada por causa da neve. Essa passagem por menos de 6km de túnel nos custou quase 20 euros, mas nos poupou de passar por estradas no meio dos Alpes onde teríamos que dirigir muito mais devagar pra evitar qualquer tipo de incidente.

Logo que saímos do túnel demos de cara um uma arquitetura totalmente diferente do que havia ficado pra trás dele. Casa feitas de pedra, penduradas nos morros que não tínhamos a menor idéia de como haviam sido construídas! Eu continuo duvidando que tenham estradas até elas. A partir aquele momento entendi porque é que os italianos foram se pendurar naqueles morros de Caxias e arredores, hehehe...


Chegando em Aosta, achamos um hotel e foi lá mesmo que passamos a noite.

Por hoje é isso. Não sei de onde tirei vontade pra escrever isso tudo, mas está aí! Agora só faltam mais 6 dias de viagem, heuehuehue...

Boa semana!!
Beijos!

2 comentários:

  1. Nina,

    foi realmente muito bom ter feito esta viagem com você. O Vale do Aosta é lindo, mas Florença ainda está por vir.

    Beijos


    Pai

    ResponderExcluir
  2. Oi Nina!
    Legal ler sobre a sua viagem!! Quer dizer que você passou pela Schwarzwald? Deve ter passado pertinho do meu ex-Dorf entao, hahaha!
    Beijocas,
    Bel.

    ResponderExcluir