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terça-feira, 20 de janeiro de 2009


PRAGA 13.01.09 - 16.01.09.

Comecei a semana toda empolgada com a viagem que estaria por vir. A Sophie nunca foi pra Praga e nem pra Budapeste então não pude pegar nenhuma dica com ela, mas já havia lido bastante sobre as duas cidades, no meu guia, no guia que baixei da internet, além de muitos comentários no Orkut e post’s de blog. No dia 13.01 cedo, o Max me desejou boa viagem e disse que se eu precisasse de alguma coisa em Praga ou Budapeste era pra eu ligar pra ele que ele faria contato com algum dos amigos dele por lá, e pelo que entendi, um deles era minístro de alguma coisa em Praga (desculpa então né... hehehe). Ainda levei a Maddy pro jardim e aproveitei pra passar na padaria e comprar uns pãezinhos pra fazer meu “Lanchpacket”. :D

Saí de casa às 10hrs no dia 13.01.09 e fui até a estação de trem de Gelnhausen. A minha ida à Praga teria 3 partes: 1. Gelnhausen-Fulda, 45 minutos; 2. Fulda-Dresden, 4 horas; 3. Dresden-Praga, 2 horas. A Teca pegou o trem Berlin-Praga que passa por Dresden e me encontrei com ela no trem já.


Saímos de Dresden às 17 horas e chegamos em Praga às 19:18 na estação Nádrazí Holezovíce. Logo percebemos que a estação em que descemos do trem não era a principal de Praga (Hlavní Nádravrí). Descobrimos isso quando fomos pedir informação sobre a rua do hostel e ninguém nos dizer onde ela era. Tivemos que pegar o metrô e ir até a estação Hlavní Nádravrí e de lá achamos o hostel bem fácil. Fizemos o check-in no hostel e fomos surpreendidas por um super quarto duplo com cozinha e tudo no quarto! E tudo isso por 16 euros por cabeça, muito massa. O problema é que teríamos que trocar de quarto (não me perguntem o porquê) as 3 noite que ficaríamos ali. Depois de deixar as malas por lá, fomos dar uma volta nas redondezas do hostel. Passamos no Mc D. pra comer alguma coisa e já de cara encontramos dois blumenauenses fazendo mochilão pela Europa, Filippe e Ricardo. Eles tinham vindo de Dresden no mesmo trem que a gente e pegamos o mesmo metrô pra ir pros nossos hostels. Saímos juntos pra dar uma volta pela cidade e foi bem divertido. Foi então que conhecemos a teoria deles: transporte público na Europa é de graça pra brasileiro! Hehehe...


Na quarta-feira, os planos eram de passar o dia do lado de lá do Rio Vltva (Malá Strana), onde o ponto alto seria o castelo de Praga. Mas antes disso precisávamos resolver a nossa passagem de Praga a Budapeste. Saímos do hostel pelas 9:30 e fomos até a Rodoviária. Tinha ouvido falar de um ônibus que seria uns 18 euros mas aí teríamos que viajar de dia e chegar lá a noite. Outra opção seria Eurolines, que viaja à noite, mas quando chegamos lá não tinha mais passagem barata e sairia uns 50 euros pra ir de ônibus até lá. Então fomos até na estação de trem e a simpática da atendente nos mostrou a opção de sair de Praga à meia noite e chegar em Budapeste às 8:30 da manhã, opção muito boa também, se não fosse pelo preço que era o mesmo da Eurolines. Resolvemos pensar durante o dia sobre o que faríamos e fomos aproveitar a cidade.





Atravessamos a Charles Bridge e fomos pro Castelo de Praga. Tava muuuuuuito frio e nem andando esquentava. Tivemos que subir uma ladeira até o castelo. Chegando lá fomos até a bilheteria comprar o nosso ingresso e o Audio Guide. Foi a pior coisa que poderíamos ter feito. Gastamos uma grana sem poder aproveitar muito além do que os que não pagaram aproveitaram. O ingresso não dava acesso ao castelo em si, e sim à algumas atrações que eles te por lá. O ingresso que nós compramos dava acesso à: Museu que contava a história do Castelo de Praga, Palácio Real (estava em reforma e não pudemos visitar), Basília de São Jorge, Convento de São Jorge – Galeria National e a Viela Dourada. A Catedral era de graça.A fiscalização não era lá aquelas coisas e onde tinha fiscalização, depois das 16 horas da tarde não tinha mais ninguém cuidando.


Mas voltando ao castelo. Depois de compramos os ingressos, corremos pra ver a troca da guarda ao meio dia. Muito legal. Então, depois de quase congelar do lado de fora, fomos visitamos a Catedral de São Vito na esperança de que estaria quentinho lá dentro. Que nada.. o AudioGuide que alugamos me fez passar mais raiva do que outra coisa. As explicações eram muito detalhadas o que deixava o negócio demorado e chato... e isso tudo tendo que agüentar o frio que eu tava passando. Vimos a Catedral e já corremos devolver o tal AudioGuide e nos esquentar na Heizung deles. Já era tarde e descemos o morro pra comer alguma coisa. Os meninos mandaram uma mensagem e quando terminamos de almoçar lá apareceram os dois. Antes de voltar pro castelo passamos pela Igreja de São Nicolau. Linda a igreja!


Subimos com os meninos e já falamos pra eles não comprarem ingresso pro castelo. Terminamos de visitar os lugares que o nosso ingresso dava direito e eles acabaram visitando praticamente a mesma coisa que a gente.


Quando descemos já estava escuro e começamos a pensar o que faríamos a noite. Resolvemos fazer uma janta lá no nosso Hostel, e quando estávamos à caminho do mercado encontramos mais uma brasileira, a Manu. Convidamos ela pra ir conosco e tava feita a festa, hehehe. No mercado, ela encontrou um outro brasileiro com quem ela estava andando os últimos dias e ele chamou a gente pra ri numa balada bem conhecida em Praga, Karlovy Lazne. Ainda tínhamos que jantar e voltar lá até às 22hrs pra conseguir um preço menor na entrada. Claro que não deu tempo né. Ainda tentamos lograr o cara da entrada mas não deu certo... lá não era de graça pra brasileiro, hehehe. Então fomos atrás de um bar pra provar da tão famosa cerveja tcheca. Lembramos de um por onde havíamos passado de dia e que nos chamou atenção: 27 Kc ou 1€ por 0,5L! era lá mesmo né. O bar já tava quase fechando mas ainda seguramos o garçom por mais um tempo lá. Pedimos uma rodada e começamos a cantar “Ein Prosit”. Pra nossa total surpresa, o dono do bar tava lá e arregalou o olho pra nossa mesa. O cara era de Bayern, já tinha ido pro Brasil e inclusive pra Blumenau! Aí pronto, virou amigo de infância né! Era Marcel e nada de outras formalidades, hehehe. Papo vai papo vem: “Ahhh, porque eu tenho uma casa em Toscana e se vocês forem pra Itália quero que vocês me avisem pra passarem uns dias lá comigo!”, “Ahh, porque meu apartamento em München é no lugar onde acontece a Oktoberfest!”,.... e aí por diante. Só sei que acho que o cara tava mais feliz por ter nos encontrado do que a gente por ter encontrado ele, hehehe. Pena que eles precisava fechar o bar mas essa não seria a nossa última visitar por lá. No final das contas, acabamos indo na Karlovy também, muito bom!





Na quinta, tava todo mundo meio “malexo”. Combinamos de nos encontrarmos no hostel às 10:30 e de lá fomos dar mais uma volta na cidade. O almoço foi lá no nosso amigo Marcel, mas ele não estava por lá. De qualquer forma, a comida estava muito boa. Pegamos um prato típico da Rep. Tcheca, que não é muito diferente da Baviera. Aí voltamos pro nosso Hostel porque os meninos tinham deixado as mochilas lá. Aproveitamos pra passar na estação de trem pra comprarmos as nossas passagens pra Budapeste. Demos mais uma volta pelo centro, entramos numas lojinhas, souvenires pra cá e pra lá e fomos fazer mais uma tentativa lá no Marcel. Até sentamos e pedimos uma pra tomar e alguma coisa pra janta mas ele não tinha aparecido por lá naquele dia, então revolvemos voltar pro hostel pra dormir cedo e aproveitar bem o nosso último dia em Praga.



A primeira coisa que fizemos foi ir atrás de informação sobre a nossa ida a Budapeste na estação de trem. Tudo que está relacionado a trem em Praga é uma bagunça. Tem duas estações de trem lá: a Nádrazí Holezovíce (mais afastada da cidade) e a Hlavní Nádravrí (que é pra ser a internacional). A chegada foi na Nádrazí Holezovíce e haviam nos informado que o trem pra Budapeste também sairia de lá... mas a dúvida era se pra Budapeste, por ser na Hungria, não deveríamos sair da estação “internacional”? Chegando lá, fomos no guichê de informação da estação achando que, por ser ponto de informação, seríamos atendidos por uma pessoa pelo menos com força de vontade de ajudar né. Pura ilusão! Simpatia é o que as pessoas que trabalham com turismo em Praga não tem. Mas mesmo sem entender o porque, descobrimos que o nosso trem sairia da Nádrazí Holezovíce mesmo.
Deixamos a antipatia deles de lado e fomos aproveitar as nossos últimas horas naquela cidade maravilhosa! Demos uma recapitulada nos pontos por onde já havíamos passado e tiramos muuuitas fotos. Mas só isso também porque o dinheiro tava apertando e os planos eram de comer no Mac o resto do dia, hehehe. Almoçamos lá sim, mas ninguém contava com a reviravolta do jantar! Depois do almoço ficamos de boa passeando pela Charles Bridge e aproveitamos pra nos esquentar na Starbucks, hehehe. No fim da tarde, resolvemos nos despedir do bar do Marcel. No que pedimos aquela Pivo pra encerrar o dia, o cara aparece! Já pediu uma pra ele e ficamos ali de boa conversando. Ele tava mais animado que a gente e tava querendo dar uma olhada na decoração de um bar ali por perto pra fazer a reforma no bar dele, hehehe, (isso que faz 2 meses que ele inaugurou!) e nos convidou pra ir junto. Chegamos lá, tomamos uma Pivo, ele olhou tudo o que queria e voltamos pro bar dele. No caminho de ida e de volta ele ficou perguntando se a gente tava com fome, e dizia que quando a gente voltasse pro restaurante dele iríamos jantar. Só que nem dei muita bola né... vamos chegar lá, tomar mais uma e vamos embora né. No caminho, encontramos a “simpática” da namorada dele (acho que é a falta de simpatia é um problema do leste, ehehe.). A guria é modelo fotográfica e veio de um Dorf lá do interior da Eslováquia. Quando chegamos de volta no restaurante dele, ele foi pra cozinha fazer o “nosso” pedido e 10 minutos depois o nosso queixo caiu. Ele tinha pedido 2 Eisbein enormes, repolho roxo, chucrute, knödel, um pão típico de lá, e sei lá mais eu o que tudo! Ahhh, além da Weißbier de Bayern né. Comemos aquilo pensando: pronto, se a gente tiver que pagar isso vamos ter que voltar pra casa antes de Budapeste, hehehe. A comida era uma delícia! E a namorada que tava com ciúmes no começo, no fim já tava mostrando foto de cachorro e não sei mais do que no celular dela, hehehe. O pior era que ela não falava alemão nem inglês, e o Marcel tinha que ficar traduzindo tudo pra ela. Mas acho que ele até gostava... ficava falando dela em alemão e certeza que ele traduzia diferente, hehehe. Claro que ele não deixou a gente pagar por toda aquela comilança (Ufa! Hehehe), mas agradeço a Teca pela cara de pai dela de depois de ter ganhado tudo aquilo na faixa, ainda ter pedido um caneco da pivô que o Marcel vende lá! Hehehe..
Infelizmente tivemos que nos despedir deles e ir pro hostel dar uma ajeitada nas nossas coisas. O único problema foi encontrar meia dúzia de argentinos por lá... é, não dá pra esconder o desgosto de ambas as partes, haha.

BUDAPESTE 17.01.09 – 19.01.09.
Saímos de Praga à 0:20 em direção a Budapeste. Sorte que não precisamos trocar de trem, mas a viagem não foi lá das mais confortáveis. Chegando em Budapeste já percebemos que negócio por lá seria um pouco diferente. As duas cidades estão no leste europeu, mas como Praga é muito mais turística, o susto foi maior quando chegamos em Budapeste. Depois de alguns tropeços conseguimos achar o nosso hostel. Só que aqui é meio arriscado seguir a teoria dos nossos amigos blumenauenses... achamos melhor pagar o ticket do ônibus até o hostel mesmo. Logo na chegada vimos que o lugar era meio underground, medooo.. hehehe. Era uma casa-hostel que tinha só dois quartos pra hóspedes. Mas estávamos ali só pra dormir mesmo.
Budapeste é dividida pelo rio Danúbio em duas partes, Buda e Peste. Essas duas partes foram unificadas em 1873 e assim estão até hoje. Buda é mais antiga que Peste, é onde está o castelo e os pontos mais históricos. Em Peste ficam todas as lojas, é centrão da cidade mesmo. O que não significa que também não seja bonito.
No primeiro dia ficamos em Peste. Visitamos Igreja Paroquial da Cidade Interna, Basílica de Santo Estevão, Heroes Square e Castelo Vajdahurryad, isso tudo a pé, olhando todos os detalhes da cidade. Voltamos pro hostel no final da tarde com o intuito de descansar um pouco e ir pro Museu Nacional que ficava aberto até às 18 hrs... o detalhe é que esse é o horário de visita para o verão e quando pensamos em sair de casa o museu já estava fechado. Então descansamos mais um pouco e pesamos no que que a gente poderia fazer à noite. Foi então que a campainha da nossa casa-hostel toca. Lá estavam Filippe e Ricardo! Sabíamos que eles estariam em Budapeste mas não estávamos conseguindo fazer contato com eles. Fomos pro Hostel deles que era duas quadras do nosso e achamos uns pares de brasileiros por lá e a festa tava feita. Muitas histórias contadas, hehehe...

O problema foi acordar cedo no outro dia. Havíamos programado ir do lado de lá do Rio Danúbio(Buda). O tempo não ajudou muito já que a neblina tomou conta da cidade. Começamos o passeio por Buda pela estátua do Santo Gellért, aí nos perdemos e resolvemos almoçar, cardápio: Gulasch. Aproveitamos pra perguntar como poderíamos chegar no castelo e conseguimos chegar lá. O castelo é enorme e além dele também tem uma pequena cidade lá em cima. A única decepção foi não conseguir nem ver o rio Danúbio lá de cima. Foi então que comecei a ficar com uma dorzinha chata de garganta, além do cansaço acumulado dos últimos 5 dias e resolvemos voltar pro Hostel.



O último dia da nossa viagem foi bem tranqüilo o único dia de sol. Acordamos um pouco mais tarde e às 11 horas fomos fazer um tour pelo parlamento húngaro, tour que inclusive é de graça para cidadãos da comunidade européia. Lindo lá dentro. Este é o maior parlamento da Europa com 268m de comprimento, 96 m de altura, 691 aposentos e mais de 2 km de corredores!




Almoçamos e aproveitamos pra tirar mais algumas fotos. Passamos no hostel e pra garantir fomos um pouco antes pra estação de trem (o trem era 15:10). O nosso trem já estava lá e já fomos entrando na plataforma. Foi lá que fomos pegas de surpresa por um cara suuper “gentil” que saiu andando com as nossas passagens na mão. Ele queria nos “ajudar” a entrar no trem e a colocar as nossas malas dentro da cabine. É claro que ele queria dinheiro né... só que a única coisa que a gente tinha era uns 150 floris, uns 50 cents de euro.. ele não gostou muito mas não pedimos nada pra ele também.

Fui com a Teca até Viena. De lá fui pra München, Stuttgart, Frankfurt e Gelnhausen. O pior foi esperar em Stuttgart por duas horas de madrugada, mas achei uma sala de espera lá que tava tranqüila e quentinha. Chegando em Gelnhausen ainda encarei 50min de ônibus até Breitenborn. Depois de 17 horas de viagem, cheguei em casa às 8hrs da manhã do dia 20.01.09 e tudo o que eu queria era tomar um super banho, mas claro que o óleo da Heizung tinha acabado bem naquela hora e não tinha água quente.

Enfim, num balanço geral, Praga foi mais do meu agrado. Agora estou louca pra conhecer mais do leste europeu!
Ahh e desculpe o tamanho do post mas sería um pecado cortar ele em mais partes :)