Enquanto houver sol...

Não sei o que aconteceu comigo nesses últimos dias de despedidas. Me segurei a semana inteira mas, na sexta-feira, um dia antes da minha volta à Alemanha, não me contive e chorei.

Chorei por medo do semestre cabeludo que está por vir, por insegurança de não saber se fiz a escolha certa (apesar de gostar do assunto, nunca vou ter certeza disso) por saudades antecipadas da família, dos amigos, de casa e daquela vida chata de São Bento, e por tantos outros motivos que agora eu nem sequer lembro!
Alguma coisa me deixou agoniada a semana toda e eu não entendia o porquê de eu estar daquele jeito. Chorar me fez bem. Me mostrou que não consigo ser forte sempre, que é preciso desabafar quando não nos sentimos bem, mesmo quando não sabemos exatamente o motivo.

Depois do desabafo fui aproveitar as últimas horas que me restavam. Depois de uma noite de poucas horas de sono, mal sabia eu onde estava, quem dirá o que estava sentindo no dia anterior. Estava meio fora do ar.


A sós ninguém está sozinho / é caminhando que se faz o caminho (...) Enquanto houver sol (Titãs)