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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Exame + cerveja = aprovação!

Como de praxe, toda vez que acontece algum fato importante/engraçado/inusitado/ eu venho correndo escrever.
O episódio de hoje é sobre a prova "surpresa" regada à cerveja que o nosso professor preparou pra gente!

Como vocês já sabem, meu professor acabou cancelando a nossa prova (oral) na última terça 3 hrs antes do horário marcado. Algo urgente aconteceu e ele não poderia estar na Uni no horário. Como a nossa turma é minúscula, Irina, Meng, Gary e eu achar um outro horário que todos pudessem e só estávamos esperando o professor fazer contato pra remarcar a prova. Esperamos, esperamos,... E nada!
Foi então que ontem às 22:30 recebemos o tão esperado email sugerindo que fizéssemos a prova hoje! Tentamos evitar a prova de todos os jeitos. A verdade é que não teríamos mesmo tempo pra fazer a prova hoje. Temos aula o dia todo nas quintas e não teríamos tempo pra prova. Amanhã estou indo pra Frankfurt e não poderia fazer a prova com o grupo. E pra complicar mais a situação essa é a ultima semana do nosso professor na Uni. Ele conseguiu um emprego esta se mudando pro Sul da Alemanha na semana que vem.
Mas afinal, pra que fazer a prova se ela só valeria 15% da nota e nos já teríamos passado com todos os relatórios e apresentações que fizemos durante o semestre???

Durante a manhã toda ficamos pensando se ele iria mesmo querer fazer a prova e nos fingimos de mortos até que, perto da hora do almoço, o professor aparece no laboratório onde estávamos tendo a prática! Ele meio que fez uma pressão pra fazermos a prova hoje e acabarmos logo com isso. Não era o que queríamos, mas não tivemos escolha a não ser concordar com ele.
Depois que acabamos a prática, fomos até o seu escritório. Eu já sabia que não seria tão ruim quanto pensei que fosse, mas também não imaginava que seria tão informal e tranqüilo fazer uma prova oral de uma matéria tão complicada quando aquela. Mal havíamos sentado, o professor nos ofereceu uma cerveja. Isso mesmo, uma CERVEJA! Ele fez uma festa de despedida nessa semana e convidou a gente, mas estávamos tão preocupados em estudar que não tivemos tempo de ir lá. Enfim, sobrou cerveja e ele “por acaso” tirou algumas da geladeira 5 minutos antes da nossa prova! Sério, nunca na minha vida pensei que fosse fazer uma prova tomando cerveja! Haha...

Acho que isso foi mais uma recompensa pelas horas gastas quebrando a cabeça com relatórios, seminários e prova pra matéria dele (Environmental analytics).
Média final: 82 ;-)

sábado, 3 de abril de 2010

Nostalgia

Quando falo que esse mundo é pequeno não é à toa.

Essa semana me aconteceu uma coisa incrível! Depois de quase um ano e meio sem ver o Fer, fui encontrar ele aqui, em Mannheim! Na ida às ferias dele no Brasil, o Fer fez uma parada estratégica na Europa. E é aí que eu entro na história =)


Eis que chego da aula na segunda-feira e recebo um recado dele dizendo que na viagem entre Paris e Praga, teria que fazer um conexão em Mannheim! Isso não é incrível?!
Quando o trem no qual ele estaria vindo chegou em Mannheim, não vi nenhum Fer desembarcando. Então lá fui eu pro saguão procurar ele... E não que achei?!! aí que abraço gostoso foi aquele! Já tava sentindo falta de ser abraçada...

A partir daí tivemos quase duas horas pra colocar a conversa em dia acompanhados de uma boa Eichbaum!
Adooro!


terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ensacando a viola

Começando a sessão despedidas, passei o meu último final de semana na Alemanha em München! Não teria como ser diferente, não é?

Convidei mais duas meninas do curso de alemão, elas levaram mais uma amiga delas e lá fomos a Meri e eu ruma à Bayern!


O ponto alto do final de semana foi claro, a nossa ida ao Hofbräuhaus! Já havia mandando uma carta (olhem que moderno!) pro Herr Brandner pra avisar que eu estaria por lá no sabado à noite. Chegando lá, tratamos de procurar um lugar pra sentar, coisa quase impossível de conseguir quando de trata de um grupo às 20hrs num sábado à noite! Quando vagou um meio banco lá fomos nós nos expremer e quando olhei pra trás lá estava o Herr Brandner!
Ele quase não acreditou quando me viu!
Conversamos bastante e até dançamos no meio do Hofbräuhaus... só via câmeras dos turistas achando aquilo o máximo! Hehehe...
Antes de ir embora ainda ganhei um pacote de presente dele! Ele já queria ter me mandado na semana anterior e quando soube que eu estaria em München fez questão de trazer junto pro Hofbräuhaus. Um querido! Ele fez copias de fotos de grupos de trajes típicos da região de onde ele nasceu e montou um mini livro pra mim.


No domingo fomos passear pela cidade e fomos até o Englischer Garten onde, nessas minhas 4 visitas à München, ainda não tinha ido. É lindo! E durante o outono então...

A volta pra casa foi cansativa. E na segunda-feira não tive descanso... passamos a tarde na cozinha assando bolos pras duas festas de aniversário da Maddy na terça-feira: no jardim e em casa. Teve bolo com cara de sapo, pão de queijo e bolo Lilli Fee!

A festa foi ótima e ela estava toda orgulhosa que tinha feito 5 anos! Hehehe...

O outono chegou com tudo, o que significa que logo está na hora de ir embora...


Agora só me resta ensacar a viola!

sábado, 31 de outubro de 2009

O dia em que me encantei por Dublin...

Estava tão ansiosa por conhecer a cidade direito que nem consegui dormir até tarde.

Antes de sair do Hostel ainda encontrei 3 brasileiros que moram na França e eles me deram umas dicas sobre Dublin porque tinham andado por tudo no sábado.
Me programei pra começar o dia com uma visita na Guinness. Como já havia visitado a Heineken, nem estava esperando muito além do que vi em Amsterdam... a história era a mesma: quais são os ingredientes pra produção da cerveja, como ela é produzida, propagandas antigas, interação com o visitante, história da cervejaria e no final um pint pra fazer o freguês feliz. Foi a primeira vez que provei uma Guinness e foi paixão a primeira vista! O cara tira a cerveja mas não enche o copo, aí deixa ela descansando por alguns minutos e depois termina o "estrago" com um creme que dá um toque extremamente especial! E de quebra, pode-se admirar Dublin em 360º do bar. A única coisa chata foi ter que tomar aquele pint sozinha...
De lá fui almoçar e então corri pra prefeitura de onde sairia o walking tour por Dublin. Confesso que imaginei que fosse melhor porque peguei um guia americano e o cara falava rápido pra caramba. No mais, até foi interessante. Passamos por pelo Castelo de Dublin, Christ Church Cathedral, Temple Bar, Rio Liffey, O'Connell Street, Grafton Street, Trinity College, St. Stephen's Green, entre outros. O tour dura +/- 3 horas e é grátis, mas como o guia não ganha nenhum salário ele sempre aceita umas gorjetas no final.
Eu ainda tinha um tempo antes de tudo fechar e dei uma passada no National Museum que não também não cobra ingresso. Interessante, mas já vi melhores.

A noite caiu e lá fui eu tirar fotos noturnas legais =)... Temple Bar e Rio Liffey foram os escolhidos da noite!

Apesar de ser domingo, me admirei porque todas as lojas estavam abertas! Resolvi entrar pra ver se tinha alguma coisa que me interessasse e quase tive um acesso de loucura! Roupa é uma coisa MUITO barata na Irlanda! Comprei vááárias roupas de inverno e não gastei metade do que gastaria na Alemanha!... É uma pena que vou ter que esperar até a minha volta à Europa pra usá-las.

A essa altura do campeonato a Ane já estava chegando no aeroporto de Dublin. Resolvi voltar pro hostel pra daí encontrar ela no ponto de ônibus. Pequenos problemas solucionados e nos encontramos. Deixamos as coisas no hostel e no caminho pro pub ainda encontramos os brasileiro daquela manhã. O pub escolhido foi o mais tradicional possível, indicação do Stephen (guia). Segundo ele, 90% das pessoas que frequentam os pubs da região do Temple Bar são turistas... já no The Celt (indicação dele) seriam 90% de locais, e foi pra lá que nos mandamos!

Ouvimos irish music, bebemos irish beer, tentamos irish dance, adotamos um irish dad, ganhei uma irish sister, comemos um irish "subway" (hehehe), aprendi a tocar um irish instrument - bodhrán, e foi nesse irish spirit que eu me encantei por Dublin! A nossa sorte foi a de que na segunda-feira seria feriado na Irlanda, e os pubs estariam abertos como se fosse sábado (último pint vendido às 0:30). Nessa noite ainda encontrei o Stephen no pub e tive que inventar ma desculpa já que tinha dito pra ele que não poderia fazer o tour pra Cliffs no sabado porque voltaria pra Alemanha no domingo de manhã, hehehe.

Amei ter vivido essa noite, ainda mais com uma companhia tão especial como a Ane, my irish sister! Hehehe... Thanks for everything Ane! Minha passagem por Dublin não teria sido tão legal se você não estivesse comigo! Que venham as outras! *O mundo é pequeno demais pra nós duas* =)
Nos despedimos do The Celt e voltamos pro hostel pra pegar as minhas coisas. A Ane ainda ficou comigo até chegar a hora de eu ir pro aeroporto. Longa noite/dia... só dormi uma hora e meia durante o voo Dublin-Frankfurt... foram mais de 40 horas praticamente sem dormir!

Mas no final eu sempre sobrevivo! =)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Oktoberfest - a experiência!

Que lugar incrível! Indescritivelmente melhor do que eu imaginei que seria!
Não sei nem por onde começar a contar...
Enfim, acho que pelo começo né... Então vamos lá!

Tudo começou mal, mas muito mal!
Planejei sair de casa na sexta (25.09) com o ônibus das 7hrs da manhã. Não tinha muita certeza se realmente existia um ônibus às 7hrs, mas resolvi deixar pra ver isso quando acordasse, às 6:20. Depois que o despertador tocou eu ativei o "soneca" e voltei a dormir. Quando ele tocou pela segunda vez, resolvi levantar e dar uma conferida no tal do horário do ônibus. Pro meu desespero, ele estaria saindo às 6:40 e não às 7hrs! A sorte é que a minha mala já estava pronta, e foi só colocar celular, iTouch, garrafa de água, etc, na bolsa e CORRER pro ponto de ônibus!
Logo que coloquei o nariz pra fora do portão de casa, senti que não tinha fechado a garrafa de água direito, mas não tinha tempo de checar esse detalhe naquele momento e simplesmente corri pra não perder o ônibus. Quando me sentei e abri a bolsa, TUDO estava ensopado... inclusive celular e iTouch! Comecei a tentar secar tudo feneticamente e nem um nem outro queria ligar mais! Pensei pronto, se o final de semana começou assim, imagina o que não vai acontecer até segunda!
Nesses dois aparelhinhos estava TODOS os números de telefones, endereço de hostel, informações da festa ou seja, eu estava literalmente perdida! Não poderia nem ligar pro Rica e avisar o que tinha acontecido porque não sabia o número dele decor!

Quando cheguei em Gelnhausen, fui até a plataforma e me sentei tentando por a cabeça pra funcionar e dar um jeito de resolver o problema. Foi então que lembrei que ainda não tinha comprado a passagem do trem que eu pegaria em 5 minutos!.. Fui até à máquina e adivinhem... ela não aceitava notas de 20 euros e eu não tinha trocado pra pagar uma passagem de €6,95! Perguntei pra TODAS as pessoas ao meu redor se alguém poderia trocar os 20 euros por duas notas de 10, mas ninguém tinha nada. Eu também não tinha mais tempo de ir até a banca pra trocar a nota. Aí uma mulher falou pra eu entrar no trem e explicar a situação pro cobrador. É muito difícil eu encontrar o cobrador logo que eu entro no trem.. muitas vezes eu nem encontro ele. Bem, naquele dia eu estava sentada por 2 minutos e ele apareceu! Expliquei a situação e ele começou a me xingar... disse que queria a minha identidade porque iria me aplicar uma multa de 40 euros por eu estar viajando sem passagem. A mulher que tinha me "ajudado" na plataforma estava do meu lado e era testemunha que eu tinha tentado comprar a passagem, mas mesmo assim ele queria me multar. Eu disse que não iria pagar nada, que iria desembarcar na próxima estação, compraria uma passagem e entraria no próximo trem. E foi o que fiz, só que antes do trem partir o cara veio e me disse que era pra eu subir no trem. Ele disse que eu poderia ira até a próxima estação porque lá o trem passava mais frequentemente e eu não precisaria ficar esperando tanto. Pelo menos isso né! Desembarquei então em Langelselbod, comprei uma passagem e em 20 minutos ja havia embarcado no outro trem.

Um problema a menos... agora já poderia voltar a pensar em como iria encontrar o Rica na estação em Frankfurt. Lembrei que ele disse que chegaria um pouco antes e fui até o lugar onde a gente sempre se encontra lá. Cinco minutos depois, vi uma luz no fim do túnel.. ele estava chegando! Ufa... outro problema resolvido. O próximo também não seria lá tão difícil...

Na Alemanha, é bem comum pegar carona. Tem sites e mais sites que organizam isso e foi o que fizemos. É tudo muito organizado e vale muito a pena. Não precisamos desembarcar mil e uma vezes como quando vamos de trem. O carro era muito bom, o motorista também, e o melhor, 400km por apenas 20 euros! Só que tem que saber escolher né... furada também tem e monte.

Mas então... eu tinha que ligar pro cara da carona quando nós chegassemos na saída sul da estação. Coloquei meu chip no celular do Rica e como eu não tinha o número dele gravado só esperei que ele se manifestasse... hehehe. No final conseguimos nos achar.
Foram 4 horas de viagem, e quando menos esperávamos lá estava o Allianz Arena! Meu coração disparou e só pensei: Jetzt geht's los! Hehehe...
O cara nos deixou na estação de trem de München, deixamos as coisas no hostel e corremos pro Theresienwiesn. O engraçado é que nem precisamos de mapa, foi só seguir o fluxo! hehehe...

Não preciso nem falar que quase tive um treco quando vi a placa "OKTOBERFEST", né? Não sabia pra onde olhava, onde ia, o que deveria fazer primeiro... nostalgia!
Tiramos algumas fotos, depois entramos em alguns pavilhões, mas estava tão cheio que não conseguíamos achar nenhum lugar pra sentar. A fome já estava apertando e decidimos sentar no Biergarten da Löwebräu pra comermos alguma coisa. O cardápio era uma perdição. O prato típico da Oktoberfest é o Hendl, frango assado, aquele de televisão de cachorro mesmo. Mas eu estava com vontade de comer Käsespätzle, só que a mulher trouxe chucrute, mostarda e salsicha!.. Tudo bem, eu estava com fome e comi aquilo mesmo! Hehehe...

Depois do almoço, decidimos que teríamos que entrar logo na fila de algum pavilhão, senão passariamos a noite fora. Optamos pela Bräurosl, já que aquele meu amigo Opa que conheci na nossa última ida a München me disse que estaria por lá. Espera, empurra-empurra, vontade de ir no banheiro, conversas com os vizinhos de fila, e 3 horas depois estávamos lá dentro! Ufa! Eu estava tão empolgada que esqueci completamente de ir atrás do Opa! Hahaha... Mas depois fiquei sabendo que ele não estava lá naquele dia mesmo.
Enfim, foi muito legal! Eu e o Rica dançamos um monte, enquanto aquela "alemoada" só ficava sentada olhando.
A única coisa chata é que a venda de cerveja acaba às 22:30, aí os seguranças já começam a cercar, as luzes acendem e até no máximo meia noite o pavilhão está vazio.

No sábado (26.09) acordamos às 6:30 da manhã, tomamos banho e fomos pra lá entrar na fila da Hacker Festzelt. Um aperto do inferno e a única coisa que eu pensava era em entrar logo no pavilhão antes que eu desmaiasse. O problema foi que chegamos lá já era quase 8:30 da manhã e não deu outra, por pouco não conseguimos entrar no pavilhão! Tínhamos duas opções, procurar outra tenda (mas àquela hora já estariam todas lotadas) ou ficar na fila e esperar as 5-6 horas que os seguranças estavam anunciando pra entrar no pavilhão. Vocês podem estar achando loucura, mas ficamos com a segunda opção. Pra nossa sorte, logo que o aglomero diminuiu encontramos mais dois brasileiros, o Guilherme e o Marco. Cada um contava uma história mais engraçada que a outra, piadas (vaaai tartaruguinha! hehehe...), experiências (ahh, as cariocas, né Marco! hahaha...) ... e a partir da 2º hora de espera, estávamos num estado em que ríamos de qualquer coisa que acontecesse, de qualquer história ou piada sem graça,...
Ficamos sem comer, sem tomar, sem ir ao banheiro, sem dançar, sem notícias de quando a maldita porta iria abrir por quase 8 horas! Eu acho que só consegui ficar lá esse tempo todo porque não estava sozinha e dei boas risadas, mas confesso que quase desisti 10 minutos antes de liberarem a nossa entrada. Entramos no pavilhão às 16hrs da tarde e a primeira coisa que fiz foi comer um Käsebretzel e tomar água! Lugar em mesa? Já tinha desistido disso há muito tempo.. o jeito era aguentar os meus pés pedindo socorro dentro dos meus sapatos! hehehe... Já lá dentro encontramos vários outros brasileiros.. eles iam e vinham, mas o Bruno, um vizinho joinvillense, se juntou ao quarteto sobrevivente! (Ahh, quando eu chegar no Brasil a primeira coisa que vou fazer é me candidatar pro "NoLimite"! Hehe)

Foi sofrido mas valeu cada segundo que fiquei naquela maldita fila. A energia da Hacker (Der Himmel ist der Bayern!) é demais! As músicas, as pessoas usando traje, até os garçons apitando no nosso ouvido querendo passar não estavam me incomodando! Tirando os brasileiros que eram reconhecidos de longe, quase não vi estrangeiros por lá, o que faz da festa na Hacker ser mais tradicional do que nos outros pavilhões.

Depois de 18 hrs em pé, meu corpo já não aguentava mais e "larguei os bets". Voltei pro hostel, tomei um banho e caí na cama até às 9hrs do outro dia!...


Por sinal, o outro dia (27.09) era o meu dia! Nunca achei que fosse ficar feliz de fazer aniversário num domingo, mas foi a melhor coisa, se tratando de Oktoberfest. Chegando lá, falei pro Rica que eu até topava ir num brinquedo, pra comemorar né... aí ele escolheu e eu amarelei! Sério, rodar a 55m de altura com apenas umas correntes me segurando não era o que eu estava planejando pro meu 24º aniversário. Deixei ele ir sozinho enquanto fui passear e tirar umas fotos. Eu havia visto na internet que haveria uma banda com 300 componentes (músicos que tocam nos pavilhões) tocando no segundo domingo de festa. Quando estava vagando por entre os brinquedos, vi um telão onde estavam passando a apresentação da tal banda. Peguei o Rica no portão de saída do briquedo e fomos procurar a tal banda. No final da rua das cervejarias tem uma estátua da Bavária, a protetora da Baviera e era lá que a banda estava tocando. Praticamente o público todo era alemão, já que esse é o tipo de coisa que interessa a poucos estrangeiros. O céu estava azul, os "Alpen Horn" tocando em uníssono, a Bavária como cenário,... e o melhor, tudo isso acontecendo no meu aniversário! Quem me conhece sabe como eu me senti... foi emocionante!

Mesmo antes da apresentação acabar, já fomos indo mais pra trás do tumulto porque sabíamos exatamente pra onde todo aquele povo estaria indo no final... almoçar! Nós entramos no pavilhão Winzerer Fähndl - Paulaner, porque eu não poderia comemorar tomando outra coisa =D
Levamos muita sorte por achar dois lugares livres numa mesa onde estávam uns bávaros bem gente boa, dois homens e duas mulheres, e uma delas também estava de aniversário naquele dia!
Aproveitamos o clima meio "familiar" e nos lambuzamos comendo Hendl e tomando a melhor cerveja do mundo! E de sobremesa... Apfelstrudel! Perfeito!..


Conversei bastante com o pessoal da nossa mesa, mas eles não ficaram muito tempo por lá. Qualdo eles mal tinham se levantado os italianos já invadiram o lugar. As amigas do Rica de Frankfurt foram nos encontrar. Logo depois sentou uma mulher bem divertida do meu lado, eu fui dançar com o Rica e quando voltamos não demorou muito pra que todo mundo estivesse em cima dos bancos! Aquela energia não existe em nenhum outro lugar no mundo... os alemães são sim fechados ( ... e eu tirei a prova disso naquele dia), mas também sabem fazer festa, do jeito deles mas fazem. Na Oktoberfest não tem pista de dança. O pavilhão é enorme, 6-7 mil pessoas, mas só tem mesas e bancos. Quer dançar? Sobe em cima do banco ou se manda pro corredor e "despenteia"! Hehehe...


Só estava faltando uma coisa pro meu aniversário ficar completo. Há quase 5 meses atrás, quando meu pai estava me visitando, conheci a Ane e a Rúbia em Trier. A Ane mora na Bélgica e continuamos a nos falar durante esses meses. Achei que fosse conseguir encontrar ela em alguma ida minha à Bruxelas mas nunca deu certo. Só que como ela é apaixonada por cerveja, não teve dúvida quando convidei ela pra ir pra München comigo e comemorar meu aniversário na Oktoberfest! Quando ela chegou na festa, não estávamos nos achando, mas foi então que o "anjo Ricardo" apareceu e achou ela pra mim! Hehe. Daí foi só alegria!... Pulamos, dançamos, brindamos, aproveitamos cada segundo de cada música! Obrigada pela companhia Ane!
Mas antes que a festa acabasse, fomos dar uma volta nos pavilhões. O Hofbräu Festzelt estava lotado e um tio bigodudo me levantou pra eu tirar uma foto de lá! Hehehe...


De lá seguimos pra Armbrustschützenzelt, e como a festa já estava acabando mesmo, resolvemos ficar por lá. O final da festa por lá estava meio feio e a maioria do pessoal que estava lá era americano! ... Tá certo que eles não são nenhum pouco interessados no que está a mais de 5cm longe do umbigo deles mas enfim, eles também são filhos de Deus né. E simpáticos eles são... foi só encontrar um que esse já foi apresentando o outro, e depois o outro ... e em menos de 10 minutos ja conhecia todo mundo! E quando contei que naquele dia eu estava de aniversário então, vixxx! Hehehe... Até rodada de tiro na barraquinha eu ganhei! De 12, acertei 4! Mas vamos combinar que naquela altura do campeonato eu já não estava podendo muito mais que isso!.. hehehe.
E pra fechar com chave de ouro, paramos num boteco e ainda tomei uma Weißbier do tipo! Depois dessa meu inglês estava tinindo! huahuahua...

Mas como o que é bom dura pouco, tive que me contentar em voltar pro hostel (...já tinha mais 3 brasileiros acampados no nosso quarto... eu digo que é que nem praga mesmo, hehehe...) e descansar pra no outro dia pegar mil e um trens até chegar em casa...
É, a realidade é dura! Hehehe...

Esse foi o melhor aniversário de todos os tempos! Os são-bentenses que me desculpem mas a Oktoberfest de München dá de dez a zero na Schlachtfest ou em qualquer festa alemã no Brasil. O pior é esperar até ano que vem...

Que venha 2010! Que venha meu 25º aniversário!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Oktoberfest

Quando se pensa em Oktoberfest de Munique logo se pensa em Bávaros barbudos vestindo Lederhose e tomando cerveja daquele caneco enorme, certo?
Mas e as mulheres, aquelas que servem aos bávaros os tais canecos... ninguém pensa nelas?
E o que é um Maß?
Quanto ele pensa?
Quantos Maß uma mulher normalmente carrega ao mesmo tempo?
Qual é o recorde?

O Maß é uma unidade de medida utilizada principalmente na Baviera e na Áustria que corresponde a 1 L de cerveja. Quando cheio, o Maß pesa cerca de 2,3kg. Durante a Oktobefest as super garçonetes carregam de 6 a 8 Maß, porém o recorde é de 18. Isso mesmo, 18 Maß! Se cada um pesa cerca de 2,3 kg, 18 canecos são quase 42 quilos! Haja "muque"! hehehe...
Uma das coisas que não pode faltar na mala de quem está indo pra Wiesn é o traje típico. Dirndl para as mulheres e Lederhose para os homens são impressindíveis praqueles que realmente querem sentir o espírito a festa.
O Dirndl (Dirn, em Hochdeutsch) era um traje típico usado por moças ou por mulheres que trabalhavam na agricultura. Seu estilo é mais despojado e não deve ser confundido com um Tracht, o qual variava de status social e região onde ele era vestido.

Por volta de 1870, o Dirndl foi um fenônomeno da moda urbana. Era caracterizado por ser mais justo do que o traje tradicional e foi muito utilizado em festas populares. A partir da décade de 70 o Dirndl foi fortemente aderido em festas populares do Sul da Alemanha. O laço do avental está relacionado com o estado civil da moça.
Outra opção de vestuário feminino utilizada por algumas mulheres é a Lederhose. Isso mesmo, também existe Lederhose feminina, mas é mais comum na Áustria.




A Lederhose masculina já é consagrada. Começou a ser usada como vestuário de trabalho e caça. Hoje em dia a Lederhose ainda faz parte do dia-a-dia do habitantes do sul da Alemanha e Tirol austríaco, onde as calças ainda são feitas à mão. O trabalho e tão bem feito que comum de encontrar calças que duram uma vida toda! Tradicionalmente uma Lederhose de qualidade é feita com couro de veado e bordada a mão em verde ou amarelo.
Aqui vai a dica de algumas lojas na Alemanha que vendem trajes pela internet. Mas também são boas fontes de modelos ;)


Trachten Express - oficial da Oktoberfest;
Bavaria Lederhosen - de München;
Wiesn Trachten - muito bom!
E se você ainda não achou o que queria, jogue palavras no google como Dirndl, Tracht, Lederhose, Wiesn, etc, e eu tenho certeza que alguma coisa interessante aparece.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Amsterdã

É isso aí, é assim que se escreve Amsterdam em português! No meu guia eles ainda escrevem "Amsterdão", mas eu acho muito feio!..

Então, aí vai uma introdução:
Os Países Baixos são também — comumente, mas incorrectamente — denominados Holanda, que na verdade são duas de suas doze províncias, a Holanda do Norte e a Holanda do Sul. A forma plural os 'Países Baixos' em português é reminiscente dos tempos de quando o país ainda não era independente ou unido.
Em neerlandês (idioma também erroneamente denominado "holandês") o nome do reino europeu é Nederland, composto dos termos neder ("baixo") e land ("terra", "país") e cuja tradução literal seria País Baixo ou Neerlândia. A denominação é evidente, pois "Países Baixos" remete à situação topográfica da zona em que se encontra, formada por pântanos e planícies em sua maioria a poucos metros abaixo do nível do mar.
Amsterdã é a capital, e a maior cidade dos Países Baixos. Seu nome é derivado de uma represa (dam) no rio Amstel, o rio onde fica a cidade. A cidade é conhecida por seu porto histórico, seus museus de fama internacional, sua zona de meretrício (Red Light District), seus coffeeshops liberais, e seus inúmeros canais que levaram Amsterdã a ser chamada a "Veneza do Norte".
Alguns números:
Habitantes: 738,000, Bicicletas: 600,000, Canais: 165, Pontes: 1,281, Edifícios do século 16, 17 e 18: 6,800, Museus: 51.

Amsterdã, lar do "Ronda Noturna" de Rembrandt e do "Girassóis" de Van Gogh, possui mais museus por metro quadrado do que qualquer outro país do mundo! O Rijksmuseum é um lugar que não pode deixar de ser visitado, exibe a mais fina porcelana azul de Delft, acervo de prata, ícones da história holandesa e claro, as obras dos grande mestres da pintura do século 17, Frans Hals, Jan Steen, Vermeer e Rembrandt. O Museu de Van Gogh, tem a maior coleção de obras de Vincent Van Gogh. Outro museu clássico é o Museu da Casa de Rembrandt, que data desde 1606 e na qual Rembrandt viveu entre 1639 e 1658. A atração principal da Holanda é a Casa de Anne Frank. Localizada no centro de Amsterdã, onde se encontra o esconderijo no qual Anne Frank escreveu seu famoso diário durante a Segunda Guerra Mundial.
Saímos (o Rica e eu) de Frankfurt no dia 11.06.09. Na ida tivemos direito a uma parada de 40minutos em Köln e quando estávamos chegando, combinamos que se a catedral não ficasse muito longe, iríamos visitá-la. Pra nossa surpresa, a estação de trem de Köln fica literalmente do lado da catedral e não tivemos dúvidas de ir até lá! Mas começou a chover forte e resolvemos deixar as fotos externas pra mais tarde e entramos na catedral. Adivinhem o que tinha lá?? Missa, claro! Primeiro fiquei P* da vida porque não poderíamos conhecer a catadral direito, mas depois até gostei... nem tinha percebido, mas aquela era a missa de Corpus Christi. A catedral é enorme! Linda! Mas não nos demoramos muito não já que o tempo estava curto. Fomos pra fora e tiramos umas fotos na chuva mesmo, hehehe.
Pegamos o trem até Amsterdã e chegamos lá às 13:30. Fomos pro Hostel (que susto de hostel! Hehehe..), largamos as coisas lá e fomos comer já que a unica coisa que havíamos comido era um bretzel na saída de Frankfurt :S...
Já de barriga cheia, pudemos raciocinar melhor e lá fomos nós nos aventurar pelo país onde não tudo, mas muita coisa é liberada. Confesso que fiquei assustada no começo.
Hoje em dia a maconha é descriminalizada em alguns países, como os Países Baixos ou o Canadá, neste último apenas para uso medicinal, pois adotam políticas de tolerância em relação aos usuários, os quais não são presos. Nos Países Baixos, é nos coffeshops onde a venda de maconha e haxixe para consumo pessoal é tolerada pelas autoridades locais.
Sob a política de entorpecentes dos Países Baixos, a venda e o consumo de produtos feitos com cannabis e substâncias similares são tolerados e permitidos dentro dos cofeeshops devidamente licenciados. Além da venda destes produtos, a maioria dos coffeeshops também vendem comidas e bebidas.
O que isso tudo significa?? Sim, a maconha (e somente a maconha) é liberada para consumo individual, DENTRO dos coffeshops. A venda dela fora dos coffeshops é ilegal, assim como a venda de qualquer outra droga. Ou seja, não é liberado liberaaaaado... tem sim suas restrições. Mas como nada é perfeito, essa liberação é entendida (as pessoas fingem que não sabem né...) de outra maneira. Não foi uma nem duas vezes que nos ofereceram droga na rua, e não era só maconha não.


Como todos sabem, Amsterdã também é conhecida pelo Red Light District... esse mesmo, o Bairro da luz vermelha! É engraçado andar por lá... do mesmo jeito que tem aquelas mulheres linda, tem aquelas desbarrancadas (claro que essas não estão nas "melhores" vitrines). Qualquer tentativa de fotografar é repreendida. Eu nem tentei tirar nenhuma pra não correr o risco, hehehe...
A prostituição em Amsterdã começou a despontar no século 13, quando a cidade emergiu como porto. Em 1478 ela já estava tão disseminada que foram feitas tentativas para contê-la. As prostitutas que eram encontradas perambulando fora da zona de confinamento eram levadas de volta a força. Um século mais tarde, os calvinistas tentaram regulamentar a prática, sem muito sucesso, até que, a partir da metade do século 17, a prostituição começou a ser abertamente tolerada. Em 1850 Amsterdã contava com 200 mil habitantes e mais de 200 bordéis, a maioria sustentados por seus ricos clientes.
Mas como ia contando, fomos dar uma volta e nos aventurar dentre os canais de Amsterdã. A cada ponte por onde passávamos era uma parada pra duas fotos, uma de cada lado da ponte. Depois de algumas pontes, percebemos que passaríamos por incontáveis pontes e canais durante os próximos 3 dias e resolvemos admirar mais e fotografar menos, hehehe.

No segundo dia da nossa aventura no país onde quase tudo é permitido (12.06.09) pensamos em fazer a parte cultural da viagem, hehehe. Fomo até Leidsplein e lá pro Museum Van Gogh! Eu amei!... desde o primeiro quadro que vi virei fã desse cara! Hehehe... As cores, a técnica, as idéias,... é totalmente diferente do que ver o quadro "Quarto em Arles" impresso numa apostila! O cara era "o" cara! Sua vida foi marcada por fracassos. Ele falhou em todos os aspectos importantes para o seu mundo, em sua época. Foi incapaz de constituir família, custear a própria subsistência ou até mesmo manter contactos sociais. Aos 37 anos, sucumbiu a uma doença mental, suicidando-se.

Ao lado do Museum Van Gogh fica o Rijksmuseum. Ele é enorme! Por isso resolvemos não visitá-lo, hehehe. A paciência não estava lá aquelas coisas pra visitar ela. Quem sabe na próxima visita a Amsterdã. Ao invés do Rijksmuseum, fomos passear no Vondelpark e depois procurar alguma coisa pra comer. Já estávamos quase entrando num MacDonalds quando avistei uma bandeira do Brasil no meio da poluição visual das mil e uma placas de restaurantes ao redor da Leidsplein! Fomos dar uma olhada no cardápio e tinha de Guaraná à moqueca de peixe! Fique maulca né.. depois de 7 meses sem feijão, arroz, aipim frito e Guaraná foi bem isso que comi =D Não sei se a minha vontade era tanta, mas pra mim aquele almoço foi o melhor dos últimos meses! Hehehe. Primeiro detalhe: que não tinha niguém no restaurante! Simplesmente vazio, por isso não estava esperando muito da comida também. Segundo detalhe: os donos não eram brasileiros, mas sim indianos. :S

Como saímos "rolando" do tal restaurante, resolvemos fazer um passeio de barco pelos canais de Amsterdã. Esse é um passeio legal pra se fazer já no primeiro dia de passeio pela cidade. Apesar de Amsterdã ser uma cidade fácil de se andar (pelo menos, quando se está sóbrio, hehehe...) o passeio é legal porque eles dão algumas informações sobre a cidade e passam por vários pontos importantes que ficam na beira dos canais.


Depois do passeio, a idéia era ir atrás do HEINEKEN EXPERIENCE, um tour pela antiga fábrica da Heineken com direito a alguns copos de Heineken durante a visita. A tal fábrica não fica num lugar muito fácil de achar (pelo menos praqueles que nunca estiveram lá) e quando finalmente a encontramos, o último tour do dia já tinha começado. A moça que nos atendeu foi bem simpática e nos deu um vale de 20% de desconto pro tour que poderíamos fazer no outro dia.
A volta pro hostel foi de bonde mesmo... havíamos andado muito e resolvemos no poupar já que a intensão era sair à noite. Mas também não fomos muito felizes nessa investida... não sei se foi o dia o ou lugar errado, mas tivemos que voltar pra perto do hostel pra conseguir achar um lugar +/- pra sair.
*** só voltando no assunto "bonde": aqui, a regra "transporte público pra brasileiro na Europa é de graça" não vale. Na maioria dos bonde que pegamos tem um cobrador na porta o que impede a utilização dessa regra. Hehehe...***
O nosso último dia em Amsterdã (13.06.09) foi mais tranquilo. Como ir pra holanda e não ver um moinho de vento é quase como ir pra Roma e não ver o Papa, nós fomos tratar e procurar um. Tem um moínho na cidade de Amsterdã, mas logo que chegamos lá ficamos um tanto desapontados. Ele está desativado e é mais um ponto turístico do que qualquer outra coisa. É legal, mas pra quem tem mais tempo na Holanda e quer ir pro interior, não vale a "pernada", já que ele fica meio longe dos outros pontos turísticos.
Pegamos um bonde de lá até a Leidsplein, almoçamos e fomos pra fábrica na Heineken.
Essa não é uma atração muito barata não (15 euros, sem desconto), mas é muito legal. Eu achei que vale a pena, até praqueles que não gostam de cerveja. O tour conta a história da Heineken, mostra como a cerveja é produzida e como ela se "sente" quando é produzida (essa parte é legal, hehe..), dá a oportunidade de gravar vídeos e fazer fotos engraçadas (o vídeo que postei é de lá :D), ver comerciais antigos da Heineken e, a melhor parte, degustá-la! Lógico que depois de toda essa lavagem cerebral e puxação de saco da marca Heineken, tem uma lojinha! É isso mesmo, e é difícil alguém sair de lá sem a tal sacolinha!... huehuehue...
Um dos principais pontos turísticos de Amsterdã, é a casa da Anne Frank. Havia fila dobrado a esquina e esperamos +/- 30 minutos até que conseguimos entrar lá. A casa virou um museu, mas praticamente todos os móveis foram retirados e só ficou aquele ar pesado lá dentro. Acho que fiquei mais impressionada por já ter visitado Auschwitz, mas a maioria das pessoas que vão lá não tem noção do que a familia Frank viveu.
No domingo, dia 14.06.09 fomos visitar uma vila, perto de Amsterdã, onde nós pudemos ver os famosos moinhos holandeses de perto! O lugar se chama Zaanse Schaans e é super fácil de chegar, partindo de Amsterdã (40-50 minutos de ônibus e a passagem custa 5 euros, ida e volta. Perguntas: Ponto de informações turísticas na frente da Estação Central).

Passamos o dia por lá. Há vários moinhos e é um lugar calmo e agradável. Tem restaurante, lojinha de souveniers com direito a demostração da fabricação dos tradicionais tamancos de madeira holandeses (Klompen) e um museu que conta a história do lugar. Bem legal e recomedo pra quem quer sair um pouco da cidade e respirar um pouco de ar puro =D
De volta a Amsterdã, fomos direto pra Estação esperar o nosso trem. Chegamos em Frankfurt às 23hrs super cansados e desanimados sabendo que o próximo dia era segunda-feira :S
No mais, me diverti bastante... que venham as próximas!

Fontes: Wikipédia e Visite Europe.

sábado, 6 de junho de 2009

Áustria e Alemanha

Terminando os relatos das viajadas de maio...

Bom, saímos de Florença no dia 16.05.09 cedinho rumo ao norte da Itália (sul do Tirol). Todo o caminho foi lindo! Acho que já escrevi sobre isso aqui, mas acho incrível como a arquitetura pode mudar tanto na Itália! A alguns quilômetros da divisa com a Áustria, as casinhas típicas tirolesas já podem ser avistadas penduradas nos morros ao lado da Autobahn. E a Autobahn, Mensch (!), literalmente no meio dos Alpes! E as cidades láááá em baixo nas margens daquele riozinho que nasce nos Alpes (que tem aquela água feeeeia XD) e algumas casinhas penduradas nos morros... lindo! Eu amo o Tirol =D

Chegamos em Innsbruck pelas 14 horas e fomos dar uma passeada a pé pela cidade e achar um lugar pra comer. Nem me lembro o que eu comi, só lembro que eu tava verde de fome e o restaurante tinha esquecido de fazer os nossos pratos! Claro que eles não nos contaram isso né, mas deduzimos depois que a comida demorou mais de meia hora pra ser servida!

Depois do almoço, passamos na frente do ponto turístico principal da cidade, o Telhado Dourado, e lá mesmo, ao ar livre, havia uma orquestra animando o calçadão. Esse é o tipo e coisa que acontece muito na Europa, principalmente na Áustria. Deu saudades de tocar flauta...


Innsbruck é uma cidade no oeste da Áustria, capital do Estado do Tirol. Ela é atravessada pelo Rio Inn, de onde tem seu nome. A palavra bruck tem sua origem na palavra de língua alemã Brücke, que significa "ponte", o que leva a cidade a chamar-se "Ponte do Rio Inn". Localizada no vale do Inn, a cidade está no meio de altas montanhas, como o Nordkette (Hafelekar, 2.334 m) ao norte, o Patscherkofel (2.246 m) e o Nockspitze (2.403 m) ao sul. Innsbruck é um renomado centro de esportes de inverno, sendo que sediou as olimpíadas de inverno nos anos de 1964 e 1976.

Com só tínhamos aquele dia pra passear por lá, fomos procurar o hotel e colocar nossas coisas no quarto. Muito legal lá... pequeno. MUITO confortável e, o melhor, barato! Hehehe.. pra quem for pra lá, recomendo muito: “Hotel Schwarzer Bär”.
Não planejamos nada pra fazer por lá, por isso só caminhamos pelas ruas da cidade. Tomamos uma “Augustiner”, caminhamos mais um pouco e achamos os jardins do Hofburg, um belo parque pra se fazer um passeio agradável.

Não que estivéssemos com fome, mas resolvemos comer alguma coisa antes de voltar pro hotel. O prato escolhido foi o Kaiserschmarr’n mit Zwetschmarmelade und Kaffee! Yumyyyy!!.. Uma espécie de panqueca cortada em pedaços servida com geléia de ameixa. Esse é um prato típico do Tirol e sempre como quando vou com os Ysen pra Kitzbühel. Mas lá a geléia muda pra damasco, o que também é delicioso!

No dia seguinte (17.05.09) reservamos pra passear entre Innsbruck e München. É nessa região que fica o famoso Castelo Neuschwanstein e o Zugspitze, o ponto mais alto da Alemanha. Além de ser uma região linda pra simplesmente passear! O objetivo principal do dia seria o Neuschwanstein, já que estávamos com medo de pegar muita fila, visto que estaríamos lá num domingo. Mas ao contrário do esperado, correu tudo bem. Só se pode entrar no castelo com visitar guiadas e não precisamos esperar muito pra visitá-lo. Existem várias possibilidade pra ir até o castelo: de ônibus, charrete ou a pé. O que fizemos foi subir de ônibus e então voltamos a pé. A volta foi bem rápida, acho que uns 15 minutos, mas pra quem sobe não é muito agradável não... e sempre tem aqueles sedentários que se arriscam e chegam lá em cima de língua de fora, hehehe!


O Schloss Neuschwanstein (castelo ou palácio Neuschwanstein, "novo cisne de pedra") é um palácio alemão construído na segunda metade do século XIX, perto das cidades de Hohenschwangau e Füssen, no sudoeste da Baviera. Foi construido por Luís II da Baviera no século XIX, inspirado na obra de seu amigo e protegido, o grande compositor Richard Wagner. A arquitetura do castelo possui um estilo fantástico, o qual serviu de inspiração ao "castelo da Cinderela", símbolo dos estúdios Disney.

O castelo é bonito mas, na minha opinião, a fama é mais pelo lugar onde ele está e por ele ter sido construído pelo Ludwig II, do que pela sua beleza. Segundo o meu pai, a visita ficou mais curta (aprox. 30 minutos ) comparado com a visita que ele havia feito há 11 anos atrás. O que é perfeitamente compreensível já que a quantidade de pessoas que visitam o castelo também aumentou. Se você for até lá, conte com pelo menos uma hora de “espera” entre a compra do ingresso e a entrada no castelo. É o tempo suficiente pra dar uma volta antes de subir até o castelo, pegar o ônibus e esperar um pouco até chegar a hora da sua visita. Na volta, você pode almoçar em um dos restaurantes aos pés do castelo.. lindo!
Ainda no domingo fomos pra região do Zugspitze, mas não subimos lá. O ticket simples de ida e volta até o topo custava uns 30 euros, e resolvemos não subir só pra tirar uma foto e dizer que já estávamos n ponto mais alto da Alemanha, hehehe. Ao invés disso, passeamos de carro pela região... montanhas, lagos, e havia até um pouco de neve nas montanhas ainda:) Mas não nos demoramos muito pra seguir viagem até München porque não queríamos chegar a noite lá.

Logo que chegamos lá, fomos procurar algum lugar pra jantar (apesar de não ter fome alguma...) e foi então que tomei minha primeira cerveja em München XD.. Ohh du lieber Löwenbrau! Hehehe...

Dia 18.05.09 acordamos cedo e fomos pro centro de München de S-bahn. Descemos na Marienplatz. Visitamos a Frauenkirche, subimos na torre da igreja de onde se tem uma vista legal do centro da cidade. De lá seguimos pro Deutsches Museum. Ele não fica bem no centro mas é uma caminhada legal pra quem gosta de sentir o clima da cidade. Esse museu é enorme! Acho que passamos umas 3 horas lá dentro e vimos quase tudo correndo. Aconselho àqueles que queiram conhecer o Deutsches Museum que vão direto aos pontos de interesse pessoal ou, se tiverem tempo (e saco...), que passem o dia por lá. Tem restaurante e tudo lá dentro! Caso você não seja daquele tipo de pessoa que está afim de passar o dia todo em museu, eu me recordo vagamente de ter visto um ingresso especial do tipo “válido por 3 dias”, ou alguma coisa assim. Se você realmente quiser conhecer o museu todo com calma, acho que esse é o melhor jeito, sem se cansar de passar tanto tempo em museu, hehehe. E qual é a minha opinião? Eu amei esse lugar! Principalmente a parte de farmacologia e química XD. É muito educativo! Praqueles que se interessaram, aí vai:

O Deutsches Museum é o museu alemão dedicado às Ciências. Foi fundado em 1903 e abriu as suas portas pela primeira vez, em 1906, com exposições em salas ainda permanentes, pois o edifício principal só foi inaugurado em 1925. Ficou muito danificado durante a 2ª Guerra Mundial e só reabriu em 1948, três anos após o fim da Segunda Grande Guerra. Neste mesmo ano, abre uma outra sala dedicada às Ciências e à Aviação. Hoje em dia, o propósito deste museu é proporcionar aos visitantes e aficcionados fácil acesso à compreensão das Ciências Naturais e do avanço tecnológico e científico.
No que respeita as colecções é essencial referir que, neste museu, existem mais de 18.010 objectos catalogados em cinquenta categorias, entre elas "Técnica" e "Ciências Naturais", expostas no edifício principal. Importante referir que a biblioteca do museu monopoliza cerca de 850.000 livros e textos originais, de grande valor histórico e cultural.

Saindo do Deutsches Museum, voltamos pro centro e fomos almoçar na Paulaner! Ahh que sonho de lugar! Seria garçonete lá fácil, fácil! Mas daquele tipo né, um pra você, dois pra mim! Hauhauhau...

Continuando as passeadas, visitamos o Viktualienmarkt, onde se pode encontrar frutas do mundo todo. Coisas inimagináveis de se encontrar na Europa tipo Sirigüela, uma fruta típica do nordesde, por um preço módico de 5-6 euros/100g! (E pensar que em Natal se compra um quilo por 1-2 reais!Hehehe...)... mas lá tudo é caro, até as frutas comuns daqui.
Outro lugar interessante é o Hofgarten, o jardim do Residenz. Mas tivemos que sair de lá meio correndo porque começou a chover.. e o jeito foi nos abrigarmos no lugar mais esperado da viagem (pelo menos pra mim, hehehe), o Hofbräuhaus!


Foi fundada em 1589 pelo Duque William V da Baviera para evitar ter que comprar cerveja da baixa Saxônia, sendo de uso exclusivo do Duque. Apenas em 1828 a cervejaria foi aberta ao público. Em 1897 o edifício foi refeito quando foi movido para o subúrbio da cidade. Na Segunda Guerra Mundial toda a estrutura da cervejaria foi destruída num bombardeio, porém foi reconstruída em 1958.
Em 24 de fevereiro de 1920 Adolf Hitler organizou a primeira das muitas campanhas de publicidade e propaganda do Hofbräuhaus. Durante esse evento foi organizada as regras e idéias do partido nazista.
Seu cardápio caracteriza os pratos típicos da Baviera, como carne de porco, joelho de porco e vários tipos de salsichas, como a Weisswurst (salsicha branca). O tipo de cerveja mais tradicional é a Helles, servido em um caneco conhecido como Mass.
Sua cerveja é muito conhecida e procurada pelos turistas que visitam Munique. A música típica alemã é tocada sem pausas durante todo o dia (Olha aí o Wikipédia mentindo! Hehehe...), transmitindo a forte cultura bávara. A cervejaria ainda possui um hino próprio, composto em 1935 por Wilhelm 'Wiga' Gabriel e diz "In München steht ein Hofbräuhaus, eins, zwei, g'suffa!"

Eu quase enfartei quando entrei lá! Sentamos numa mesa bem perto da bandinha, pedimos um Maß e uns Bretzel e ficamos só curtindo o lugar! Foi muito legal! A bandinha mais bebia do que tocava... tocavam 3 músicas e faziam 10 minutos de pausa:S Mas tudo bem... quase chorei quando eles tocaram uma música que a gente dança no Jäger (não me perguntem qual, porque não me lembro mais)! Eu trabalharia lá fácil também! Quer dizer, o trabalho em si não seria ao fácil, já que lá não tem caneco de 1/2 L, só Maß (1L) mesmo! Acho que vou começar a fazer umas flexões e me candidatar a garçotene na Oktober! Hauhaua..
Quando estávamos quase indo embora, sentaram mais 4 pessoas na nossa mesa... adivinha da onde? Do Brasil, claro! Parece praga! Hehehe..
Só nos restava voltar pro hotel e descansar bem pra aproveitar bem as últimas de sossego antes de voltar pra casa!

Começamos o nosso último dia de viagem (19.05.09) com uma visita ao Residenz, antiga residência dos reis da Baviera. É o maior palácio urbano na Alemanha, servindo, atualmente, como um museu de decoração de interiores, considerado um dos mais belos da Europa. Também abriga uma sala de concertos, a Casa do Tesouro Real e o Teatro Cuvilliés. O complexo é composto por dez pátios e o museu por 130 salas.


De lá fomos pro Olympiapark. Construído para os Jogos Olímpicos de 1972, este vasto parque de esportes pode ser visto de quase todos os pontos de Munique, pois abriga uma tore de televisão de 290m, a Olympiaturm! Subimos lá e a vista é realmente incrível! O elevador que leva o pessoal lá em cima atinge uma velocidade de 7m/s!
O estádio conta com três grandes áreas: o Olympiastadium, com lugar pra 62 mil espectadores, o Olympiahalle e o Schwimmenhalle. Consideradas umas das construções mais originais da arquitetura alemã do século 20, todas as três são fechadas por coberturas transparentes, sustentadas por mastros altos que dão aspecto de tenda.
O complexo esportivo fica ao lado do lago artificial do parque. Em frente, há uma colina construída com pedras removidas da cidade após os bombardeios da guerra.

Voltamos pro centro e almoçamos na “Augustiner”, a cervejaria mais antiga de München, fundada em 1328. Foto: Augustiner na Oktoberfest, 1890.



Foi então que tivemos que voltar pro hotel, pegar o carro e entrar na Autobahn...
É, acabou-se o que era doce... só me restava voltar pra casa, terminar de colocar as coisas na mala do pai e me preparar pros próximos dias que seriam um tanto quanto estressantes, já que o Tassilo havia acabado de voltar do hospital e a Schützenfest em Büdingen estaria por vir.