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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

As minhas férias

Finalmente férias! Estava esperando por esses dias desde o começo de dezembro. Rever os amigos, desligar da rotina, conhecer gente nova, passear em lugares lindos... Maravilha!

Foram 800km até Innsbruck. Fui de Mülheim pra Dortmund de trem.
Lá peguei uma carona com uma mulher louca até Garmisch-Partenkirschen (a mulher ficava gritando sozinha no carro e eu já tava ficando com medo). Em Garmisch tive que esperar por mais de uma hora pra então pegar o trem pra Innsbruck. No final foram mais de 12 horas de viagem!

A Mari e o Thomas foram me buscar na estação e quando chegamos em cas
a conheci a Mah, a pessoa mais comunicativa que já encontrei! Hehehe. Ainda naquela noite fomos na Theresien Bräu, a primeira cervejaria de Innsbruck. Os caras fizeram um barzinho muito legal lá e nós nos divertimos pacas!

Na terça-feira fomos passear no centro, almoçamos e à tarde fomos patinar no gelo. A minha experiência nesse esporte não era das melhores, mas lá fui eu. Tinha reaprendido a andar de roller quando morava em Breitenborn... patinar no gelo não poderia ser tão diferente. No começo quase cai varias vezes, mas depois a gente pega o jeito e não quer mais parar.


No dia seguinte o Thomas teve que trabalhar e nós fomos subir com o funicular (
Hungerburgbahn) na Nordkette
, uma das montanhas de Innsbruck. Acabamos nos enganando e o nosso ticket só valia até uma altura então resolvemos descer a montanha a pé. Maior furada. A trilha foi se estreitando e ficando cada vez mais lisa pra descer... mas conseguimos sobreviver :) Voltamos pra casa, almoçamos, descansamos um pouco e saímos pra tomar um Glühwein no Weihnachtsmarkt de Innsbruck. O programado era só o Glühwein, mas passamos por um pub irlandês e a Mari queria matar as saudades então entramos pra tomar uma Guinness.


O lugar tava meio estranho e resolvemos sair de lá.. mas não sem o jogo de copos Guinness pro apartamento do Thomas! Hehehe.. E foi no caminho de casa que tivemos uma ideia: ir pra Theresien Bräu! O Thomas já estava em casa e a Mari ligou convidando pra ele ir pra lá mas ele não quis. Então fomos só nós mesmo. Rimos tudo e mais um pouco com pessoas dormindo em pé, tias dançando como nos anos 70, e com a Mah conversando muito com os estrangeiros sem nem mesmo saber inglês direito! Hahaha.. A festa já estava miando mas mesmo assim fomos dançar... pronto, mais um povo se animou pra dançar, as tias se juntaram a nós e o povo ao redor daaaava risada. Fazia tempo que não me divertia tanto! Obrigada meninas! :D

Na quinta a Mari e o Thomas tinham que trabalhar e eu fiquei sozinha com a Mah. Fomos pro centro pra dar um olhada numas lojinhas. À tarde a Mari voltou pra casa e ela me levou numa loja porque queria comprar uma bota mais quentinha. No final do dia fomos pra vila do Thomas jantar na casa da mãe dele. Tinha Raclette! Delicioso!

Em junho o Jäger foi pra Ibirama e lá conhecemos o Hans, um amigo de longa data da D. Monica. Eu continuei tendo contato com ele e combinamos que iríamos
nos ver quando em fosse pra Innsbruck. No dia 31, nos fomos pro Südtirol, na Itália, onde teria uma semana de curso de danças focloricas! Eu estava toda animada de encontrar um pessoal com que eu pudesse conversar sobre isso. Chegando lá, má noticia. A organizadora do evento havia falecido há dois meses. Não tinha curso nenhum mas mesmo assim alguns participantes tinham ido pra lá. Depois do almoço fomos passear no Ahrntal, um vale no Südtirol e o final da estrada é no meio de uma cidade. Se pudéssemos cruzar as montanhas estaríamos de volta na Áustria. Lá no final dessa estrada o Hans queria visitar um conhecido dele.

Na volta pra Innsbruck já estava noite e cheguei em Innsbruck já era 9hs da noite. Me arrumei rapidão pra me juntas ao pessoal que já estava alegrete! Hehehe...
A Sara, uma amiga da Mari, e o Dominik, um amigo do Thomas, também foram comemorar com a gente. Ficamos lá no apartamento até umas 23:30 e então fomos pro centro. Deveria estar uns -8°C, mas nada que uma música não ajudasse a esquentar :) Queríamos ir pro Hofgarten mas tivemos probleminhas na fila, hehe. Atravessamos a rua e fomos pra uma outra festa no Congress. Tava bem mais ou menos e resolvemos ir embora cedo.


O primeiro dia do ano estava lindo! Céu azul, sem uma nuvenzinha, perfeito pra subir alguma montanha e apreciar a vista da cidade. E foi isso que fizemos, subimos a Patscherkofer.


La em cima comemos um Apfelstrudel e também tiramos muuuuitas fotos! Essa cidade é linda demais!
À noite levamos a Mah pra estação de trem porque tinha chegado a hora de ela seguir viagem :(

Domingo foi um dia bem com cara de domingo. Assistimos filme, comemos, jogamos Wii e depois fomos jogar boliche. Eu nunca tinha jogado isso. Comecei com zero pinos derrubados e no final acabei em terceiro lugar! \o/


E infelizmente meu ultimo dia em Innsbruck havia chegado. Pra fechar as ferias com chave de ouro fomos assistir uma competição de Sky Jump. Nunca imaginei que algum dia fosse assistir uma competição dessa ao vivo. Foi muito legal... A Áustria é favorita nesse esporte e o pessoal agitou mesmo. Aqui vai um video que foi filmado bem perto de onde a gente estava.

Tinha 22mil pessoas assistindo! Frio do caramba, mas valeu a pena. Levamos a bandeira do Brasil pra lá o que rendeu uma entrevista pra radio da DW! Hahaha.. Mas só digo uma coisa, aqueles caras só podem ser malucos pra pular daquele jeito!

Resumindo as férias: quero me mudar pra Innsbruck o quanto antes! =D

Liebe Mari, lieber Thomas,

Vielen vielen Dank für die schöne Zeit bei euch. Ich habe mich sehr gefreut und warte auf euch hier in Mülheim!

Liebe Grüße an alle!



domingo, 26 de dezembro de 2010

Mudança de planos

Depois de 4hrs na fila pra remarcar a passagem da AirBerlin, tive que decidir em 2 minutos o que fazer: pegar o reembolso, viajar só depois do Natal pra Milão ou ir direto pra Innsbruck num voo com escala em Viena. Escolhi por voar pra Milão porque queria muito rever a Juli e o Gabo e passar o Natal com eles. Como nada disso deu certo, passei o Natal pensando e me preocupando em como seria a ida à Itália.
"Será que vou conseguir voar? Será que vai nevar mais? Tá, e se eu conseguir chegar em Milão, ainda vou ter que pegar o ônibus até Turim.. ai meu Deus, mais duas horas de viagem até lá. Aí se chegar lá à meia noite vamos querer ficar conversando até mais tarde e não vou conseguir acordar cedo o suficiente pra passear em Turim. Ahh, e daí lá pelas 17hrs já tenho que correr pra estação pra pegar o trem pra Milão... e de Milão pra Verona, esperar até à 1hr, pegar o trem pra Innsbruck e chegar lá de madrugada. UFA!"
Isso são férias? Eu já tava nervosa antes mesmo de ir pro aeroporto e por isso decidi fazer o mais sensato. Ir daqui direto pra Innsbruck!
Claro que vou perder a passagem de avião, mas posso pedir reembolso do ticket de Milão pra Innsbruck, aí não saio tããão no prejuízo.

Hoje consegui uma carona de Dortmund até Mittenwald, na divisa com a Áustria. De lá sigo de trem por mais uma hora até Innsbruck. Vamos sair amanhã de manhã e devo chegar em Innsbruck só à noite. Mas pelo menos sei que vamos chegar.

A Itália vai ter que esperar por mim... hehehe.
Marii, logo logo estou aí e quero muuito comer delícias austríacas e festar muito com vocêêêês!!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Löwenstein

Essa foi a minha primeira viagem de carona sozinha. Existe um site que organiza essas viagens, o Mitfahrgelegenheit. Já viajei de mitfahrgelegenheit quando fui pra Oktoberfest com o Rica, mas essa vez não conta porque não estava sozinha. No site você faz um cadastro, registra os dados da viagem - origem, destino, dia, hora,.. Aí pessoa como eu procuram trechos no site (Köln-Heilbronn, num raio de 30km, por exemplo) , contatam os motoristas e viajam pagando muuito pouco! De Köln à Heilbronn são mais de 300km e paguei só 18 euritxos.

Todo mundo pensa que viajar na auto-estrada é perfeito, que todo mundo dirige na velocidade que quer, tal e coisa coisa e tal. Na verdade não é bem assim. Como sempre tem alguma obra acontecendo, existe uma velocidade máxima de 80km/h. Consequentemente todo mundo diminui a velocidade o que acaba resultando em congestionamento. Quer se informar sobre eles? Ligue o radio e a cada meia hora eles informam a situação atual das auto-estradas na região.

Fui de Mülheim à Köln de trem e a partir de Köln fui de carona mas saímos meia hora atrasados porque uma das caroneiras chegou atrasada. Logo na saída de Köln pegamos um congestionamento mais ou menos. Ali perdemos quase uma hora. Outra hora foi perdida quando entramos em Mannheim pra deixar a menina que chegou atrasada na estação de trem onde ele encontraria seu irmão. Depois ainda deixamos mais alguém no caminho e nessa altura a viagem já tinha se atrasado umas 3 vezes e eu já tinha escrito tanto pra Sabine falando que ia me atrasar que meus créditos acabaram. Enfim depois de 5 horas no carro chegamos em Weinsberg, onde a Sabine estava me esperando. Ufa!


O final de semana foi muito gostoso. Me sinto muito bem lá. Löwenstein é um lugar lindo, no meio das montanhas recheadas de videiras... Ninguém resiste àquele lugar!


O pequeno Niilo (ou Niilchen , o pequeno Niilo XD) é um fofo e sempre quer estar no colo de alguém, principalmente da mãe. A mulher que foi cuidar da Sabine e do Niilo nos primeiros 10 dias (toda mãe recebe essa ajuda depois do nascimento) depois do nascimento disse que é normal que ele queira tanto colo por ter nascido de 8 meses. Aqui na Alemanha as mãe tem 1 ano de licença maternidade e depois que ela acaba a mãe ainda pode ficar mais dois anos cuidando da criança sem perder seu emprego. Legal, né?

No sábado a Isabelle, uma amiga de Berlim da Sabine, chegou em Löwenstein. Ela é muito querida e me diverti um monte com ela.. de alguma forma ela não tem aquele jeito alemão fechado de ser. Quem sabe a próxima parada não seja Berlim :)

Sábado à noite fomos num Weihnachtsmarkt onde o Herr Lampe, o pai da Sabine, estava vendendo o mel das abelhas dele. Quase congelamos mas um Glühwein (quentão de Natal =) ) ajudou a esquentar.

No domingo foi o batizado do pequeno. O dia estava maravilhoso!
A igreja fica nas montanhas e antigamente fazia parte de um monsteiro.

Hoje é um abrigo pra mais de 100 deficientes físicos e/ou mentais. O Herr Lampe ajudou a cuidar do lugar por 30 anos e é muito querido por lá. Lá a Sabine e o Oliver casaram e o Laurin também foi batizado. Como os deficientes geralmente frequentam os cultos que acontecem naquela igreja, nas ocasiões especiais também não poderia ser diferente. No batizado do Niilo estavam lá cerca de 20 deficientes e a pastora se divertia ao fazer sua pregação. Eu fiquei encarregada de ler um texto, tipo uma benção ao Niilo, pais, padrinhos e a todos que estavam presentes. Foi bem legal.


Depois tiramos varias fotos naquele lugar lindo, com muita neve e céu azul!
Fomos almoçar e apesar de ser apenas a família e alguns amigos, o negócio foi meio chique. No Brasil iríamos almoçar numa churrascaria, né? Hehehe. Aqui tivemos sopa, salada, prato principal e sobremesa. Como prato principal comemos carne de rena assada (Papai Noel perdeu uma ajudante! =O Hehehe) acompanhada de cogumelos, geléia de fruta silvestre, spätzle e schupfnudeln. Comida típica da região. Uma delicia!


O almoço foi muito divertido e já estou aprendendo Schwäbisch, o dialeto de lá. Heheh.. A diferença entre pessoas do norte e do Sul é incrível. Já conheço bastante gente das duas regiões e não é por acaso que quero ficar por lá. Eles são simpáticos, queridos e sempre estão preocupados comigo ou querem saber se podem me ajudar de alguma forma. Enfim, são uns amores! :)

Na segunda cedo levamos o Laurin pra escola e fomos esperar a minha carona. Estava nevando de novo e o frio era congelante. Já era passado de 8:30 quando a minha carona chegou. Levamos só 3 horas ate Köln e a viagem foi tranquila até demais. Todo mundo dormiu, menos eu e o motorista, que não parava de fumar dentro no carro.


Finais de semana como esse são sempre bem vindos! =)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Oktoberfest - a experiência!

Que lugar incrível! Indescritivelmente melhor do que eu imaginei que seria!
Não sei nem por onde começar a contar...
Enfim, acho que pelo começo né... Então vamos lá!

Tudo começou mal, mas muito mal!
Planejei sair de casa na sexta (25.09) com o ônibus das 7hrs da manhã. Não tinha muita certeza se realmente existia um ônibus às 7hrs, mas resolvi deixar pra ver isso quando acordasse, às 6:20. Depois que o despertador tocou eu ativei o "soneca" e voltei a dormir. Quando ele tocou pela segunda vez, resolvi levantar e dar uma conferida no tal do horário do ônibus. Pro meu desespero, ele estaria saindo às 6:40 e não às 7hrs! A sorte é que a minha mala já estava pronta, e foi só colocar celular, iTouch, garrafa de água, etc, na bolsa e CORRER pro ponto de ônibus!
Logo que coloquei o nariz pra fora do portão de casa, senti que não tinha fechado a garrafa de água direito, mas não tinha tempo de checar esse detalhe naquele momento e simplesmente corri pra não perder o ônibus. Quando me sentei e abri a bolsa, TUDO estava ensopado... inclusive celular e iTouch! Comecei a tentar secar tudo feneticamente e nem um nem outro queria ligar mais! Pensei pronto, se o final de semana começou assim, imagina o que não vai acontecer até segunda!
Nesses dois aparelhinhos estava TODOS os números de telefones, endereço de hostel, informações da festa ou seja, eu estava literalmente perdida! Não poderia nem ligar pro Rica e avisar o que tinha acontecido porque não sabia o número dele decor!

Quando cheguei em Gelnhausen, fui até a plataforma e me sentei tentando por a cabeça pra funcionar e dar um jeito de resolver o problema. Foi então que lembrei que ainda não tinha comprado a passagem do trem que eu pegaria em 5 minutos!.. Fui até à máquina e adivinhem... ela não aceitava notas de 20 euros e eu não tinha trocado pra pagar uma passagem de €6,95! Perguntei pra TODAS as pessoas ao meu redor se alguém poderia trocar os 20 euros por duas notas de 10, mas ninguém tinha nada. Eu também não tinha mais tempo de ir até a banca pra trocar a nota. Aí uma mulher falou pra eu entrar no trem e explicar a situação pro cobrador. É muito difícil eu encontrar o cobrador logo que eu entro no trem.. muitas vezes eu nem encontro ele. Bem, naquele dia eu estava sentada por 2 minutos e ele apareceu! Expliquei a situação e ele começou a me xingar... disse que queria a minha identidade porque iria me aplicar uma multa de 40 euros por eu estar viajando sem passagem. A mulher que tinha me "ajudado" na plataforma estava do meu lado e era testemunha que eu tinha tentado comprar a passagem, mas mesmo assim ele queria me multar. Eu disse que não iria pagar nada, que iria desembarcar na próxima estação, compraria uma passagem e entraria no próximo trem. E foi o que fiz, só que antes do trem partir o cara veio e me disse que era pra eu subir no trem. Ele disse que eu poderia ira até a próxima estação porque lá o trem passava mais frequentemente e eu não precisaria ficar esperando tanto. Pelo menos isso né! Desembarquei então em Langelselbod, comprei uma passagem e em 20 minutos ja havia embarcado no outro trem.

Um problema a menos... agora já poderia voltar a pensar em como iria encontrar o Rica na estação em Frankfurt. Lembrei que ele disse que chegaria um pouco antes e fui até o lugar onde a gente sempre se encontra lá. Cinco minutos depois, vi uma luz no fim do túnel.. ele estava chegando! Ufa... outro problema resolvido. O próximo também não seria lá tão difícil...

Na Alemanha, é bem comum pegar carona. Tem sites e mais sites que organizam isso e foi o que fizemos. É tudo muito organizado e vale muito a pena. Não precisamos desembarcar mil e uma vezes como quando vamos de trem. O carro era muito bom, o motorista também, e o melhor, 400km por apenas 20 euros! Só que tem que saber escolher né... furada também tem e monte.

Mas então... eu tinha que ligar pro cara da carona quando nós chegassemos na saída sul da estação. Coloquei meu chip no celular do Rica e como eu não tinha o número dele gravado só esperei que ele se manifestasse... hehehe. No final conseguimos nos achar.
Foram 4 horas de viagem, e quando menos esperávamos lá estava o Allianz Arena! Meu coração disparou e só pensei: Jetzt geht's los! Hehehe...
O cara nos deixou na estação de trem de München, deixamos as coisas no hostel e corremos pro Theresienwiesn. O engraçado é que nem precisamos de mapa, foi só seguir o fluxo! hehehe...

Não preciso nem falar que quase tive um treco quando vi a placa "OKTOBERFEST", né? Não sabia pra onde olhava, onde ia, o que deveria fazer primeiro... nostalgia!
Tiramos algumas fotos, depois entramos em alguns pavilhões, mas estava tão cheio que não conseguíamos achar nenhum lugar pra sentar. A fome já estava apertando e decidimos sentar no Biergarten da Löwebräu pra comermos alguma coisa. O cardápio era uma perdição. O prato típico da Oktoberfest é o Hendl, frango assado, aquele de televisão de cachorro mesmo. Mas eu estava com vontade de comer Käsespätzle, só que a mulher trouxe chucrute, mostarda e salsicha!.. Tudo bem, eu estava com fome e comi aquilo mesmo! Hehehe...

Depois do almoço, decidimos que teríamos que entrar logo na fila de algum pavilhão, senão passariamos a noite fora. Optamos pela Bräurosl, já que aquele meu amigo Opa que conheci na nossa última ida a München me disse que estaria por lá. Espera, empurra-empurra, vontade de ir no banheiro, conversas com os vizinhos de fila, e 3 horas depois estávamos lá dentro! Ufa! Eu estava tão empolgada que esqueci completamente de ir atrás do Opa! Hahaha... Mas depois fiquei sabendo que ele não estava lá naquele dia mesmo.
Enfim, foi muito legal! Eu e o Rica dançamos um monte, enquanto aquela "alemoada" só ficava sentada olhando.
A única coisa chata é que a venda de cerveja acaba às 22:30, aí os seguranças já começam a cercar, as luzes acendem e até no máximo meia noite o pavilhão está vazio.

No sábado (26.09) acordamos às 6:30 da manhã, tomamos banho e fomos pra lá entrar na fila da Hacker Festzelt. Um aperto do inferno e a única coisa que eu pensava era em entrar logo no pavilhão antes que eu desmaiasse. O problema foi que chegamos lá já era quase 8:30 da manhã e não deu outra, por pouco não conseguimos entrar no pavilhão! Tínhamos duas opções, procurar outra tenda (mas àquela hora já estariam todas lotadas) ou ficar na fila e esperar as 5-6 horas que os seguranças estavam anunciando pra entrar no pavilhão. Vocês podem estar achando loucura, mas ficamos com a segunda opção. Pra nossa sorte, logo que o aglomero diminuiu encontramos mais dois brasileiros, o Guilherme e o Marco. Cada um contava uma história mais engraçada que a outra, piadas (vaaai tartaruguinha! hehehe...), experiências (ahh, as cariocas, né Marco! hahaha...) ... e a partir da 2º hora de espera, estávamos num estado em que ríamos de qualquer coisa que acontecesse, de qualquer história ou piada sem graça,...
Ficamos sem comer, sem tomar, sem ir ao banheiro, sem dançar, sem notícias de quando a maldita porta iria abrir por quase 8 horas! Eu acho que só consegui ficar lá esse tempo todo porque não estava sozinha e dei boas risadas, mas confesso que quase desisti 10 minutos antes de liberarem a nossa entrada. Entramos no pavilhão às 16hrs da tarde e a primeira coisa que fiz foi comer um Käsebretzel e tomar água! Lugar em mesa? Já tinha desistido disso há muito tempo.. o jeito era aguentar os meus pés pedindo socorro dentro dos meus sapatos! hehehe... Já lá dentro encontramos vários outros brasileiros.. eles iam e vinham, mas o Bruno, um vizinho joinvillense, se juntou ao quarteto sobrevivente! (Ahh, quando eu chegar no Brasil a primeira coisa que vou fazer é me candidatar pro "NoLimite"! Hehe)

Foi sofrido mas valeu cada segundo que fiquei naquela maldita fila. A energia da Hacker (Der Himmel ist der Bayern!) é demais! As músicas, as pessoas usando traje, até os garçons apitando no nosso ouvido querendo passar não estavam me incomodando! Tirando os brasileiros que eram reconhecidos de longe, quase não vi estrangeiros por lá, o que faz da festa na Hacker ser mais tradicional do que nos outros pavilhões.

Depois de 18 hrs em pé, meu corpo já não aguentava mais e "larguei os bets". Voltei pro hostel, tomei um banho e caí na cama até às 9hrs do outro dia!...


Por sinal, o outro dia (27.09) era o meu dia! Nunca achei que fosse ficar feliz de fazer aniversário num domingo, mas foi a melhor coisa, se tratando de Oktoberfest. Chegando lá, falei pro Rica que eu até topava ir num brinquedo, pra comemorar né... aí ele escolheu e eu amarelei! Sério, rodar a 55m de altura com apenas umas correntes me segurando não era o que eu estava planejando pro meu 24º aniversário. Deixei ele ir sozinho enquanto fui passear e tirar umas fotos. Eu havia visto na internet que haveria uma banda com 300 componentes (músicos que tocam nos pavilhões) tocando no segundo domingo de festa. Quando estava vagando por entre os brinquedos, vi um telão onde estavam passando a apresentação da tal banda. Peguei o Rica no portão de saída do briquedo e fomos procurar a tal banda. No final da rua das cervejarias tem uma estátua da Bavária, a protetora da Baviera e era lá que a banda estava tocando. Praticamente o público todo era alemão, já que esse é o tipo de coisa que interessa a poucos estrangeiros. O céu estava azul, os "Alpen Horn" tocando em uníssono, a Bavária como cenário,... e o melhor, tudo isso acontecendo no meu aniversário! Quem me conhece sabe como eu me senti... foi emocionante!

Mesmo antes da apresentação acabar, já fomos indo mais pra trás do tumulto porque sabíamos exatamente pra onde todo aquele povo estaria indo no final... almoçar! Nós entramos no pavilhão Winzerer Fähndl - Paulaner, porque eu não poderia comemorar tomando outra coisa =D
Levamos muita sorte por achar dois lugares livres numa mesa onde estávam uns bávaros bem gente boa, dois homens e duas mulheres, e uma delas também estava de aniversário naquele dia!
Aproveitamos o clima meio "familiar" e nos lambuzamos comendo Hendl e tomando a melhor cerveja do mundo! E de sobremesa... Apfelstrudel! Perfeito!..


Conversei bastante com o pessoal da nossa mesa, mas eles não ficaram muito tempo por lá. Qualdo eles mal tinham se levantado os italianos já invadiram o lugar. As amigas do Rica de Frankfurt foram nos encontrar. Logo depois sentou uma mulher bem divertida do meu lado, eu fui dançar com o Rica e quando voltamos não demorou muito pra que todo mundo estivesse em cima dos bancos! Aquela energia não existe em nenhum outro lugar no mundo... os alemães são sim fechados ( ... e eu tirei a prova disso naquele dia), mas também sabem fazer festa, do jeito deles mas fazem. Na Oktoberfest não tem pista de dança. O pavilhão é enorme, 6-7 mil pessoas, mas só tem mesas e bancos. Quer dançar? Sobe em cima do banco ou se manda pro corredor e "despenteia"! Hehehe...


Só estava faltando uma coisa pro meu aniversário ficar completo. Há quase 5 meses atrás, quando meu pai estava me visitando, conheci a Ane e a Rúbia em Trier. A Ane mora na Bélgica e continuamos a nos falar durante esses meses. Achei que fosse conseguir encontrar ela em alguma ida minha à Bruxelas mas nunca deu certo. Só que como ela é apaixonada por cerveja, não teve dúvida quando convidei ela pra ir pra München comigo e comemorar meu aniversário na Oktoberfest! Quando ela chegou na festa, não estávamos nos achando, mas foi então que o "anjo Ricardo" apareceu e achou ela pra mim! Hehe. Daí foi só alegria!... Pulamos, dançamos, brindamos, aproveitamos cada segundo de cada música! Obrigada pela companhia Ane!
Mas antes que a festa acabasse, fomos dar uma volta nos pavilhões. O Hofbräu Festzelt estava lotado e um tio bigodudo me levantou pra eu tirar uma foto de lá! Hehehe...


De lá seguimos pra Armbrustschützenzelt, e como a festa já estava acabando mesmo, resolvemos ficar por lá. O final da festa por lá estava meio feio e a maioria do pessoal que estava lá era americano! ... Tá certo que eles não são nenhum pouco interessados no que está a mais de 5cm longe do umbigo deles mas enfim, eles também são filhos de Deus né. E simpáticos eles são... foi só encontrar um que esse já foi apresentando o outro, e depois o outro ... e em menos de 10 minutos ja conhecia todo mundo! E quando contei que naquele dia eu estava de aniversário então, vixxx! Hehehe... Até rodada de tiro na barraquinha eu ganhei! De 12, acertei 4! Mas vamos combinar que naquela altura do campeonato eu já não estava podendo muito mais que isso!.. hehehe.
E pra fechar com chave de ouro, paramos num boteco e ainda tomei uma Weißbier do tipo! Depois dessa meu inglês estava tinindo! huahuahua...

Mas como o que é bom dura pouco, tive que me contentar em voltar pro hostel (...já tinha mais 3 brasileiros acampados no nosso quarto... eu digo que é que nem praga mesmo, hehehe...) e descansar pra no outro dia pegar mil e um trens até chegar em casa...
É, a realidade é dura! Hehehe...

Esse foi o melhor aniversário de todos os tempos! Os são-bentenses que me desculpem mas a Oktoberfest de München dá de dez a zero na Schlachtfest ou em qualquer festa alemã no Brasil. O pior é esperar até ano que vem...

Que venha 2010! Que venha meu 25º aniversário!