sexta-feira, 3 de abril de 2009

POLÔNIA - Kraków

Em 1257, Cracóvia recebeu do Duque Boleslau uma carta contitucional. Ela foi de fundamental importância, já que estabeleceu um governo local e privilégios comerciais, estimulando o desenvolvimento futuro da cidade. A carta estipulava que uma grande praça central (Rynek Glówny), cercada por uma rede regular de ruas, seria o centro da cidade. A área de cada lote determinava o tamanho das casas. Embora a arquitetura tenha se tornado mais opulenta ao longo dos séculos, esse esquema urbano permaneceu quase intacto, e até hoje a Cidade Velha é o centro da moderna Cracóvia. Muitas das ruas são reservadas a pedestres e nelas se concentram um grande número de edifícios históricos.




Por quase seis séculos, Cracóvia foi capital e uma das maiores cidadas da Polônia. Até 1596, quando a Corte e o Parlamento transferiram-se para Varsóvia, o Castelo de Wawel era a sede do Governo. Cracóvia manteve, contudo, o prestígio dos tempos de capital oficial, com os reis sendo coroados e enterrados na catedral do monte Wawel.

A Cracóvia foi uma das poucas que sobreviveram à Segunda Guerra Mundial e ainda mantém o charme original do Velho Mundo. O Centro Antigo, a ampla praça Rynek Glówny (com 40.000m², muitos dizem ser a maior praça da Europa) e o imponente Castelo Wawel, sem falar no distrito judeu de Kazimierz, onde foram gravadas cenas do filme "A Lista de Schindler", atraem visitantes de todo o planeta. A Cracóvia é o destino turístico número 1 da Polônia – a cidade, inclusive, está à altura das rivais Viena (Áustria), Budapeste (Hungria) e Praga (República Checa).

A cidade desempenha um papel importante na identidade nacional. Cracóvia via sempre estará relacionada ao seu ex-residente mais ilustre, Karol Józef Wojtyla, o papa João Paulo II, que foi arcebispo da cidade. Ele é a imagem de um país que se orgulha de sua fé fervorosa.
Outro polonês conhecido foi Copérnico. O homem que tirou a Terra do centro do universo, estudou em Cracóvia.
Logo que desembarquei na estação de trem de Cracóvia (26.03.09) soube que iria amar aquele lugar. Pessoas simpáticas (apesar dos ucranianos e russos não concordarem) sempre estavam com um suorriso no rosto. No meu segundo dia (27.03.09), fui à Auschwitz, uma experiência indescritível. Pra variar, fui sozinha e, nesse caso, não foi uma boa idéia. Só pra ajudar aqueles que um dia irão visitar o campo, há 3 maneiras de visitar Auschwitz:
- Tour saindo de Cracóvia: transfer + guia no campo = 80-90 PLN
- Trem saindo de Cracóvia (Estação de trem): vai até a estação de Oswiecim, a uns 3km do campo = 20-25 PLN (ida e volta)
- Ônibus ou van saindo de Cracóvia (Rodoviária, atrás da Estação de trem): vai a até o Museu de Auschwitz = 10 PLN o trecho. (Fui de van [tempo: 1:20] e voltei de ônibus [tempo: 2horas, por causa do trânsito do final da tarde])

Não é necessário pagar para entrar no campo. A opção que recomendo é pegar o tour guiado oferecido pelo Museu (39 PLN). Os guias são super bem preparados e conhecer tudo sobre o campo. Com o ingresso pro tour, você recebe um fone de ouvido e uma espécie de rádio (depósito de 20 PLN). O Guia tem um microfone o qual é sintonizado na mesma frequência do rádio dos visitantes, evitanto do guia ter que falar muito alto durante o tour. Essa é uma das regras para os visitantes. Também não é permitido comer, falar em celular, tirar fotos no interior dos prédios, entre outros. Fiquei impresionada pois foi o primeiro lugar que visitei onde as pessoas respeitavam essas regras.

Mas enfim, no ônibus de volta pra Cracóvia estava conversando com dois japoneses (eles tinha jaquetas igual a do Jaspion! hehehe...) e de repente as pessoas qu estavam na minha entram na conversa. Eram dois canadenses (Sarah e Tanner) de Vancouver (eu tava no céu né...)!! Conversamos todo o caminho de volta e depois de tanto papo até me esqueci do "passeio" cabuloso por Auschwitz. Chegamos em Cracóvia no final da tarde eu eu só tinha tomado café naquee dia. Eles me convidaram pra comer alguma coisa com eles e claro que não deixei a oportunidade passar né:) Eles estão morando em Viena mas o alemão deles não era muito bom não, por isso falamos inglês mesmo. Fomos até o hostel deles e lá pedimos uma dica de um bom restaurante por aquelas bandas. Nos recomendaram o Zapraszamy, um restaurante de comida polonesa. Fomos até lá e a comida era simplesmente maravilhosa! E o melhor, MUITO barata, pra quem tem euros na mão:D Existem duas filiais na cidade e quando bateu 19hrs, aquela onde nós estávamos fechou a cozinha. O detalhe é que apesar de já termos comido um prato, a fome ainda era grande!.. Hehehe. A dica do restaurante foi de ir até a outra filial que ficaria aberta até às 22hrs. Lá fomos nós, hehehe. Era um pouco mais caro mas nada comparado a um janter em München. A média de preço por um prato pierogui era de 10-15 PLN. Ahhh, só pra constar, com um Euro eu comprava 4,60 PLN, ou seja, uma refeição num restaurante nunca saia mais do que 5 Euros!

No dia seguinte (28.03.09) acordei cedo e fui explorar a cidade. Andei bastante e decidi por começar o meu dia no Museu Czartoryski. Este museu foi feito com a coleção de arte dos membros da família Czartoryski. Duas famosas obras internacionais estão aqui: A dama com um Arminho (Lady with an Ermine), de Leonardo da Vinci, e Paisagem com o bom Samaritano (Landscape with the Good Samaritan), de Rembrandt. O museu também apresenta um acervo de antiguidades do Oriente Médio, da Grécia e do Egito. A pintura do da Vinci é realmente impressionante. Fique vários minutos obervando a pintura, ia de um lado pro outro, e a impressão que eu tinha era a de que a "Dama" virava a cabeça toda vezes que eu tentava olhar pa ela... muito doido, hehehe. (10PLN + 15PLN pra tirar foto.)

Saindo do museu, continuei vagando e tirando fotos pela Cidade Velha. Foi então que o meu celular toca, era o Tanner dizendo que eles estavam na praça. Nos encontramos e passeamos pelo Mercado e esperamos bate meio dia pois os nossos guias indicavam um acontecimento na torre da Igreja de Santa Maria. Ela fica na parte leste da praça e possui duas torres góticas. Conta a lenda que a construção das torres foi fruto de uma aposta entre dois príncipes irmãos. Venceria quem conseguisse erguer a mais alta. Um deles venceu, é óbvio, embora hoje já nem se saiba exato quem foi. Outra lenda circunda as torres. Conta-se que durante uma invasão, um tocador de clarim foi até uma das janelas da torre cumprir o seu dever, o de alertar os soldados sobre o perigo próximo. Enquanto ele tocava, levou uma flechada certeira no pescoço e morreu. Até hoje, a cada hora cheia, um tocador de clarim aparece nas pequenas janelas da torre e toca o instrumento na direção dos quatro pontos cardeais. Mas o toque é interrompido bruscamente, simbolizando o momento exato que o outro homem, há séculos, foi atingido pelo inimigo.
No interior a igreja a grande relíquia é o altar de madeira de 12m de altura do século 15, feito por Veit Stoss. Mas o que mais me chamou atenção foi o colorido das peareces e pinturas ao longa da igreja. Muito diferente das igrejas famosas do resto da Europa. (6 PLN + 5 PLN pra foto)

Como já se passava da uma da tarde, resolvemos achar algum lugar pra almoçar. O meu guia indicava um restaurante descrito como "ridiculamente barato", e foi pra lá que fomos, hehehe! Se o primeiro restaurante já era barato esse aí era mais ainda. Não é um restaurante turístico, é tipo bandeijão mesmo, mas foi uma experiência legal. Comi alguma coisa que lembrava umas panquecas de batata com uma espécie de ensopoado de carne e estava um delícia! O nome do lugar é "Pod Temida" e fica na Grodzka, 44. A comida e uma Coca 500ml me custaram a importância de 13PLN, ou menos de 3 euros!

A próxima parada foi o Monte Wawel. Por volta de 1036, Casimiro, o Restaurador, fez da cidadela sobre o Monte Wawel a sede do poder político na Polônia. No século 16, os reis jagiellos transformaram o castelo gótico num majestoso palácio renacentista e dotaram sua catedral de novas capelas e obras de arte. Essa é a casa espiritual do estado polonês, comprovando o link histórico entre a realeza e a Igreja Católica. As capelas e tumbas reais guardam os corpos dos mais importantes membros, como o rei Kazimierz. O ingresso (10 PLN) também dá direito à subida até o sino Zygmunt, do século 16, que só badala em ocasiões importantes, como a da morte do papa João Paulo II.


Voltamos para a cidade e nos sentamos num dos bares que ficam ao redor da praça central tomando um café e aproveitando os últimos raios de sol do dia.

O jantar foi mais uma vez no Zapraszami e depois fomos até o hostel da Sarah e do Tanner ver se arranjávamos algum lugar pra sair. Lá encotramos mais uns ingleses e fomos, coincidentemente, numa balada, no mesmo lugar onde havíamos tomado nosso café no final da tarde. Quando vi o preço da Paulaner naquele lugar não pensei duas vezes, só não toma 500mL da melhor cerveja do mundo por pouco mais de 2 euros quem for muito bobo! :P


Voltei pro Hostel alta da madrugada e quando vou entrar no quarto dou de cara com um recado. O horário de verão estaria mudando naquela noite! Ou seja, uma hora a menos pra dormir, uma hora a menos pra aproveitar a cidade e um motivo a mais pra eu prestar atenção no horário e não perder o ônibus de volta pra Frankfurt, hehehe.

No meu último dia na Cracóvia (29.03.09) não fiz muita coisa, até porque o cansaço estava acumulado de tão pouco que havia dormido nos últimos dias. Fui até o bairro judeu e Cracóvia, mas não visitei nenhuma Sinagoga. Tirei algumas fotos e no caminho de volta pro centro, achei por um acaso uma feira por lá, até que era bem agitada e estavam vendendo basicamente roupas. Queria ter ido visitar a fábrica de Oskar Schindler, onde algumas cenas do "A lista de Schindler" foram filmadas, mas já estava voltando pro centro e teria que andar mais várias quadras até lá e acabei desistindo da visita.


Meu útimo almoço na Polônia deveria ser especial, e escolhi mais um restaurante indicado no meu guia. Zapiecek é o nome do restaurante onde se come o melhor Pierogi da Cidade. Não tem muito mais além disso pra se comer lá e eles ficam aberto 24 horas! Pelo que eu entendi, o cardápio da noite é um pouco diferenciado, mas a comida continua sendo polonesa:) Lá você encontra Pierogi pra todos os gostos e a fama do melhor Pierogui da cidade foi comprovada! O preço, nem preciso falar que foi barato né... 8 PLN por uma "pratada" :D

Passeio no Hostel pra pegar a minhas coisas e fui um pouco mais cedo pra Rodoviária/Shopping/Estação de trem. Gastei meus últimos Zlots na confeitaria pra provar os maravilhosos bolos poloneses. Com essa passadinha na confeitaria, cheguei na Rodoviária meio em cima do laço e não estava conseguindo achar o ônibus que teria que pegar. Quando estava perguntando pra alguém onde poderia achar o tal ônibus, escuto um anúncio em polonês no sistema de som. Não preciso dizer que só entendi "Carolina Wolff" e "Frankfurt" de tudo o que foi dito né.... sorte que a pessoa que estava me ajudando era polonês e me disse que deveria ir até a plataforma 9. Ufa! Hehe...

Foram 14 horas de viagem até Frankfurt e cheguei em casa às 8hrs da manhã do dia 30.03.09.
Não tive muito tempo de descansar não... já era hora de trabalhar e começar pesquisar sobre a viagem da semana que vem.

Viena, aí vou eu!!!

Um comentário:

  1. kkkk essa me fez lembrar o dia que perdi o Gui no Carrefour em Curitiba: Sra. "Silvana" seu filho Guilherme a espera no guarda volumes..... tadinho!!!

    Belo relato! Beijo

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