quinta-feira, 16 de agosto de 2012

BASF - as entrevistas

Ahhh, a BASF!

Meu dia na BASF foi longo e cansativo, mas muito bom!
Acordei bem cedo e peguei o trem pra Mannheim às 7 da manhã. Cheguei lá às 9:24 e saí correndo pra pegar um taxi pra ir pra Limburgerhof, onde fica a Sede da BASF CropProtection. Depois de registrar a minha entrada na portaria, apressei o passo pra chegar exatamente às 10hs na minha primeira entrevista do dia.
Começamos classicamente com um deles se apresentando e depois comecei a contar sobre mim. Eles perguntaram várias coisas sobre minha dissertação, sobre a minha carreira em geral, perspectivas e a maioria das pessoas queriam saber quais eram as minhas fraquezas. Essa pergunta já está bem batida e não pensei que uma empresa como a BASF me perguntaria isso. Enfim, falei que sou perfeccionista e impaciente... que não são necessariamente fraquezas. Tudo depende do ponto de vista. Outra pergunta clichê foi "por que quero trabalhar na BASF".
Eu conversei em inglês, alemão e até em português! Ou seja  eles viram que isso não é um problema pra mim.

Todas as entrevistas foram bem parecidas e vou contar as peculiaridades de cada uma.

1° entrevista: lá estavam o global manager do departamento de ecotox (com qm fiz minha entrevista por telefone) e o responsável por ecotox aquática da BASF. Logo que cheguei me senti muito à vontade e às vezes até esquecia que aquela conversa era uma entrevista de emprego. Isso foi muito bom e aproveitei pra me preparar para as outras entrevistas do dia.

2° entrevista: falei com os responsáveis por ecotox terrestre e ecotox mamíferos&pássaros. Um deles era espanhol e já quebrou o gelo falando algumas palavras em portunhol.
Ele falou que o meu CV chama atenção pelo fato de eu ter feito o mestrado em ecotox, ser brasileira e falar inglês e alemão.

3° entrevista: conversei com o chefe do global manager de ecotox. O jeitão do cara largadão na cadeira me fez ficar mais tranqüila ainda e a primeira parte da entrevista foi bem tranqüila respondendo as mesmas perguntas pela 3° vez. O almoço foi na Rehhütte, uma sede pra eventos onde também tem um buffet de almoço. O salão do buffet era antigamente um chiqueiro! Muito legal!
Durante o almoço ele me fez várias perguntas relacionada as minhas aptidões com argumentação e etc. Muitas perguntas, pedindo exemplos e explicações. Acabei dando vários exemplos da minha vida pessoal já que não tenho experiência profissional. Ele também perguntou sobre como eu me sentiria na posição de chefe e como me sentiria se tivesse que despedir alguém, por exemplo.
Nossa, foram tantas perguntas desse tipo, junto a mastigar, pensar, responder, que saí meio zonza de lá.
Ahhh, ele me perguntou se eu tinha feito outras entrevistas e eu tratei de já falar que já estou com o contrato lá em casa pra assinar e que o prazo vai só até sexta-feira, quando eu precisaria ter uma resposta deles. Afirmei que eles são realmente minha primeira opção e que precisaria realmente de uma resposta até aquele dia. Ele foi sincero e falou que seria muito difícil de conseguir me dar uma resposta até lá, mas no segundo seguinte estava com o telefone na mão tentando agendar outras entrevistas ainda no mesmo dia com outras pessoas que poderiam ajudar pra que a decisão fosse tomada o quanto antes.

4° entrevista: voltei pra sala do global manager ecotox e ele perguntou se eu ainda tinha alguma outra pergunta. Eu disse que pergunta não tinha, mas que havia contado na entrevista anterior sobre o contrato da outra empresa, blá blá... Ele confirmou que vai ser muito difícil que eu receba uma resposta em 3 dias, já que eles precisariam conversar entre eles e tal. Porém ele me adiantou que ele gostou muito de mim! Ele disse que não tenho tanto conhecimento técnico, mas que isso não seria um problema já que pra vaga que eles estavam pensando seria mesmo melhor que eu tivesse um conhecimento geral sobre como as coisas funcionam aqui, pra que depois eu pudesse aplica isso no Brasil. Ele falou que eles precisam de alguém pra fazer essa conexão entre os dois países e que eu me encaixaria nessa ideia!
Esta seria a minha última conversa do dia, mas o chefão ainda estava tentando marcar outras entrevistas!

5° entrevista: conversei com 3 pessoas responsáveis pela avaliação de substâncias e seus registros no mundo todo. Existe times regionais mas outras coisas são iguais no mundo todo e o trabalho em equipe poupa o trabalho dobrado dos outros funcionários.
Essa foi a quarta vez contando a mesma historinha e então veio uma pergunta que ainda não me tinham feito: quais foram as minhas decepções ou abalos nesse tempo de Alemanha. Aí falei das 4 vezes que não consegui tirar a nota necessária na minha prova de alemão, mas que não me deixei desanimar e tentei conseguir uma vaga de mestrado mesmo assim.
Nesse meio tempo a secretária recebeu uma ligação de uma outra secretária dizendo que eu ainda teria mais uma entrevista com outro chefão!
Um deles me levou pra conhecer a sede toda e explicou o que as pessoas de cada prédio fazem. O tour acabou na sala de uma alemã que fala muito bem espanhol/ portunhol. Ela trabalha com registro de substâncias e tem constante contato com os brasileiros. Eu contei pra ela do meu outro contrato e ela já desconfiou que fosse na Bayer. Ela me disse que também achava difícil eles me darem uma resposta até na sexta e que eu deveria aceitar a outra proposta porque depois de ter experiência eu teria muito mais chance de conseguir alguma coisa em qualquer outro lugar. Concordo plenamente.

6° e última entrevista: o outro chefão tinha só 15 minutos pra falar comigo então ele falou super rápido sobre ele e eu falei um resumão do meu CV. Acho que foi a entrevista mais objetiva que já fiz! Hehehe. O cara era um simpático e ele falou que gostou de mim :)

Voltei pra sala da minha colega "portunhola". Ela me levou até o taxi que tava me esperando na porta do prédio e, acreditem ou não, ela me deu um abraço de despedida! Fechei meu dia mil vezes mais feliz do que quando cheguei!
 
Um dos 3 laboratórios de ecotox da BASF ficam em Guaratinguetá e percebi que o contato que eles tem com o Brasil é bastante forte.
A ideia deles é de me treinar aqui (1-2 anos), me dar uma ideia geral de como as coisas funcionam aqui pra depois levar isso pra SP e fazer a intermediação das equipes do Brasil e Alemanha com várias idas e vindas pra Alemanha :D A única desvantagem nessa história toda é que meu contrato inicial seria de tipo 1 ano, mas claro que se eu mostrar serviço eles renovariam meu contrato. (na Knoell o contrato seria até dez.2014) Depois eu seria recontratada pela BASF no Brasil.

É.. Posso dizer que saí de lá super tranqüila e com a sensação de dever cumprido. Agora é cruzar os dedos pra eles me darem uma resposta (positiva!) até sexta. Continuem na torcida!

Na quarta à tarde recebi uma ligação do RH da BASF querendo marcar uma entrevista por telefone pro dia seguinte e lógico que aceitei na hora. Na quinta às 11:45 fiz a tal entrevista com o RH fui muito bem. Foram 50 minutos de perguntas e tentativas de boas respostas. A Frau falou que iriam me dar uma resposta até sexta ao meio dia, mas em menos de 3 horas depois uma colega dela me liga.

Pra vocês verem que o interesse é mesmo muito grande. De "muito difícil de conseguir uma resposta até sexta", se tornou "Seja bem vinda a BASF!" logo na quinta à tarde!
Sim, sim... aqui está a mais nova colaboradora da BASF na Alemanha!!!!!!
 
Happy meeeeee :D

2 comentários:

  1. Parabéns NINAAAAAAAAAAA !!!
    Com sua determinação, coragem e transparência o mundo será pequeno diante de tudo que estar por vir na sua carreira! Seja muito feliz! Parabéns pela conquista! É a hora de colher os bons frutos :D WEEEE!!! Bjão!!!

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  2. Uau! li o último post e nao li esse, Parabéns, tenho amigos que trabalham na Basf em Ludwigshafen e Limburgerhof, sucesso vc está numa grande empresa, de ponta :D

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