Dia 7 - 23.08
Estava preocupada porque teria que acordar cedo, arrumar minhas coisas e sair pra aproveitar a cidade e não queria acordar as outras pessoas que estavam no quarto. Mas não é que elas resolveram o meu problema?! 8 camas, 7 italianos e 1 brasileira... quem acordou quem às 6:45 da manhã? Acertou quem disse "italianos"!
Eu até que não fiquei brava porque assim tive tempo de tomar banho e organizar minhas coisas com calma.
Comprei o OsloPass (220NOK/24horas) e achei que valeu a pena. Ele dá passe livre pra todos os museus e transporte público da cidade. Claro que visitei pouco do que a cidade oferece, mas consegui fazer mais do que imaginei que faria.
Oslo, com 550 mil habitantes, é a maior cidade e também a capital da Noruega.
Comecei meu dia às 8:00, caminhando pelo Akershus Slott, uma fortaçeza de mais de 700 anos de onde se tem uma bela vista pro Oslofjord.
Desci até a Prefeitura e então fui de barco até Bygdøy (traduzindo, "ilha inabitada"). Bygdoy era uma ilha até por volta de 1800 quando, por causa do aumento do nível das águas do mar e do açoreamento, ela foi ligada ao continente. É lá que ficam os museus sobre a história cultural da Noruega e era lá o local onde os reis dano-noruegueses faziam suas caçadas.
Visitei o
Vikingskipshuset onde estão expostos 3 barcos vikings (Oseberg, Gokstad e Tune) que foram encontrados enterrados na região de Oslo. Eles datam em 900d.C. E dois deles estão praticamente intactos! Além dos barcos, também há um exposição de ferramentas, utensílios e até roupas utilizadas pelos viking!
A apenas alguns minutos do Vikingskipshuset, está o
Norsk Folksmuseum , um museu a céu aberto que mostra a cultura de várias regiões da Noruega através de sua arquitetura, trajes, comida e costumes. Muito interessante. Lá provei o "lefse", um pão parecido com o pão sírio assado na da pedra. Uma delícia!
Uma parte do museu é dedicada a Oslo, e foi lá que visitei o
Museu da Farmácia! Era um dia especial pois haviam farmacêuticas aposentadas fazendo apresentações e explicando sobre os objetos expostos. Conversei com duas delas e uma elas ficou tida feliz com a minha visita. Me deu uma aula de como dar valor a nossa profissão e me fez assinar o livro de visitas, hehehe.
Voltei pro centro de Oslo e, no barco, pedi pra uma mulher tirar uma foto minha. Começamos a convesar e descobri que ela é austríaca (de um lugar colado em Kitzbühel) e que estuda arqueologia em Frankfurt! No final das contas trocamos telefone e combinamos de nos encontrar por lá.
A próxima parada foi o "Nobel Price Center". Num primeiro momento me decepcionei porque achei que iria visitar o lugar onde o prêmio é entregue. Depois fiquei bem feliz pois visitei uma exposição de fotos bem interessante. Também há uma linha do tempo com todos os "Nobel da Paz" já premiados, além de uma exposição especial para o último premiado, Martti Ahtisaari.
No centro, passei pelo Palácio Real e vi a troca de guarda, Teatro Nacional, Universidade, e
Galeria Nacional de Arte, onde estão obras de grandes artistas noruegueses. Lá vi "
O Grito" de Edvard Munch (1883), "
Noite de Inverno nas Montanhas" de Harald Sohlberg (1914), Picasso, Rembrandt além várias obras de artistas de lá retratando a paisagem norueguesa.
O dia estava lindo e haviam me recomendando fortemente uma visita ao Vigelansparken. Assim nomeado em homenagem a Gustav Vigeland, que tem 212 esculturas expostas no parque. Os pontos altos de lá são a ponte e o monolito. Lindo demais aquele lugar. Foi uma pena que não pude ficar muito tempo por lá. Mal havia chegado ao monolito já tive que voltar pois ainda tinha mais um lugar pra visitar: o
Munch Museum!
Edvard Munch (1863-1944), pintor norueguês precurssordo expressionismo, teve seu talento reconhecido quando expôs na Exibição de Outono em Oslo, aos 20 anos de idade. Ao falecer, em 1944, deixou em testamento todas as suas obras pra cidade de Oslo. Toda a obra está impregnada pelas suas obsessões: a morte, a solidão, a melancolia, o terror das forças da natureza. Vale a pena conhecer!
Saí de lá às 17:30, voltei pro centro, tirei algumas últimas fotos, passeio no hostel pegar minha mala, gastei meus últimos NOK e me mandei pra rodoviária pegar o ônibus pro aeroporto. Duas horas de viagem e lá estava eu.
Estava morrendo de medo que pesassem a minha mala, pois tinha certeza de que ela tinha mais de 10 quilos, hehehe! Graças a Deus correu tudo bem e passei ilesa pelo raio-x.
Quando comprei as passagens, o jeito mais barato de voltar pra casa era via Londres(STD). O único problema era o de que tería que dormir por lá já que o voo pra Frankfurt-Hahn sairia só na segunda de manhã. Chegando lá tratei de arranjar um lugar pra me aconchegar, mas não foi fácil não... aquele lugar e concorrido demais! hehehe. Não posso dier que foi confortável, mas consegui dormir duas horas. Depois achei uma cadeira livre e fui la sentar um pouco, mas acabei não dormindo mais, já que o cara do meu lado puxou papo e não se tocava que eu tava com sono :S
Logo que pude, fui pra sala de embarque, morrendo de medo daquele maldito raio-x. Passei novamente ilesa e lá fui eu esperar o embarque. A Ryanair se orgulha de poder dizer que 90% dos seus voos são pontuais, mas naquele dia o voo STD-HHN não fez parte dessa porcentagem. Quando finalmente estávamos embarcando, percebi que não estava com meu óculos de sol! É ele mesmo, o "divisor de águas"! Não havia mais tempo de voltar nos lugares por onde eu havia passado. Lembro que coloquei ele na bandeija quando passeio pelo raio-x mas não me lembro de ter pego ele de volta. Talvez tenha pego, mas deixando cair em algum lugar, sei lá. Ainda tinha esperança de achar ele perdido na minha mala (perdi a capinha dele na última viagem pra Áustria com os Ysen) e, depois de embarcar, remexi ela toda e nada dele!
Chegamos em Frankfurt Hahn com uma hora de atraso e claro que perdi o ônibus pra Hanau! Pensei, ótimo, assim tenho tempo de dar mais uma olhada na minha mala. Nada do óculos! Não consigo mais andar no sol sem óculos e logo que cheguei em Gelnhausen fui numa ótica comprar outro, o mais parecido possível com o "divisor de águas", hehehe.
Ponto final da viagem: Breitenborn, 15:00.
Depois de 25 dias longe de Breitenborn, cá estou eu de volta!
Que venha a próxima folga: München - Oktberfest, aí vou eu!