domingo, 21 de novembro de 2010

Blog que poderia virar livro

Hoje era dia de estudar, mas sempre faço umas pausas, até porque ninguém é de ferro.
Numa das pausas de hoje, estava navegando em uns blogs quando dei de cara com um super interessante e acabei lendo ele todo em duas horas! (Pausa meio longa essa, não? hehehe.)

Esse blog é escrito por uma brasileira que se converteu muçulmana, conheceu um sírio pela internet, se encontrou com ele, se apaixonou engravidou e se mandou de mala cuia e filhas do primeiro casamento pra Síria. Ela casou com o Habibi dela mas sua sogra mora na mesma casa.
Nunca foi feliz lá. Não tem amigos, e sofre com as diferenças culturais do dia-a-dia. Seu Habibi do começo do casamento (há 7 meses) agora é apenas "meu marido" nos seus relatos. Ele não trabalha e ela, grávida, também não podia trabalhar. Aparentemente o casamento nunca funcionou. Ele saia e só voltava de madrugada, enquanto ela ficava em casa com a filha (a outra filha voltou pro Brasil pois não se adaptou a nova casa) e a sogra. No final de setembro, em meio a muitas brigas, eles decidiram se divorciar e ela voltaria pro Brasil depois do nascimento do filho.
Pois é, ainda tinha esse "problema". Na Síria tudo na saúde é pago. Ela teria que fazer cesarea, o que custaria 200 dólares. Cada diária no hospital custa mais 300 dólares, então o programado foi ela fazer a cesarea de manha e à noite voltar pra casa. Detalhe: ela mora num apartamento no quarto andar e não tem elevador no prédio!
O nenem nasceu há algumas semanas e agora eles estão preparando o registro, passaporte e papelada pra guarda da criança. Isso tudo custa dinheiro, o que eles não tem.

No blog ela ela escreve, "eu não errei, eu amei!". Ela fez realmente tudo por amor aquele homem. Aí pode-se perceber como as pessoas ficam cegas quando amam. Olhando de fora é tão claro que esse racionamento dificilmente daria certo. Só quebrando a cara mesmo.

De alguma forma lembrei do livro "Cidade do Sol".

Mas é isso, fiquei impressionada com essa historia e tinha que escrever pra tentar entender como pessoas conseguem fazer isso por livre e espontânea vontade.

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